Da assessoria do deputado Simão Pedro

O ex-secretário da Habitação, Barjas Negri, foi convocado no início de maio pela Comissão de Serviços e Obras Públicas para prestar esclarecimentos sobre a ação da pasta que dirigia. No dia 28 de maio, a Secretaria da Habitação enviou ofício à 1ª secretaria da Assembléia informando que Negri não poderia atender à convocação. Naquele dia, ele pediu exoneração do cargo.

Para Simão Pedro, presidente da Comissão, ao recorrer a "um subterfúgio", o ex-secretário cometeu crime de responsabilidade. O deputado anunciou que a Comissão deverá tomar as providências cabíveis. Segundo o petista, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), que também era dirigida por Barjas Negri, não vem investindo no setor, como deveria, o equivalente ao acréscimo de 1% na alíquota do ICMS. A denúncia, lembrou Simão durante o discurso, é compartilhada pelos movimentos sociais, pelas prefeituras e pelo Sindicato da Construção Civil (Sinduscon).

O deputado leu da tribuna a carta enviada ao governador Geraldo Alckmin pelo Sinduscon. De acordo com o Sindicato, além de ter deixado de investir R$ 1,1 bilhão na construção de conjuntos habitacionais desde 2000, o Estado não vem pagando o que deve às construtoras. O Sinduscon cobra, na carta a Alckmin, o repasse da verba obtida com o ICMS para a CDHU.

Enquanto o governo estadual insiste em não dar a devida atenção ao setor, os movimentos sociais continuam vivendo dias de angústia, disse Simão. Ele lembrou que, de acordo com a Fundação João Pinheiro, mais de 1,1 milhão de famílias ainda moram em condições indignas no Estado. Segundo o parlamentar, o novo presidente da CDHU será convocado prestar informações à Comissão de Serviços e Obras Públicas.

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