O deputado Simão Pedro (PT) visitou, em 26/12, o acampamento Simon Bolívar, que reúne há três meses cerca de 400 famílias de trabalhadores sem terra, na entrada da Fazenda Independência, no município de Guaiçara. O deputado foi convidado pelo padre Severino, da Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Lins, que lhe pediu ajuda para intervir junto às autoridades para que as famílias não fossem despejadas e para que o Incra apresse as vistorias técnicas a fim de decretar como improdutivas três fazendas naquela região.

Simão Pedro aproveitou para se reunir também com as lideranças das 200 famílias do assentamento Dandara, no município de Promissão, que lhe reivindicaram apoio para que fossem beneficiadas pelo programa Luz para Todos, do governo federal, que leva eletricidade para a zona rural.

Segundo os moradores, a operação de fornecimento de eletricidade na área onde está instalado o assentamento foi concedida para uma cooperativa que vende o serviço pelo dobro do preço praticado pela CPFL. O parlamentar comprometeu-se a marcar audiência com o presidente da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE) para tratar do problema.

Ainda em Promissão, Simão Pedro reuniu-se com o vereador José Carlinhos, um dos 600 assentados nas Fazendas Reunidas, para discutir as lutas e reivindicações daquela comunidade.

Para tratar do despejo das famílias do acampamento em Guaiçara, Simão Pedro foi ao fórum de Lins e conversou com a assessoria do desembargador Luiz Tâmbara, presidente do Tribunal de Justiça, buscando adiar o cumprimento da liminar de reintegração de posse, concedido pelo órgão judiciário de Lins a favor da proprietária da Fazenda Independência, cuja data estabelecia o dia 27/12. O MST entrou, na semana anterior, com um "agravo de instrumento" buscando cassar a liminar que determinava o despejo.

O deputado também procurou o comando da Polícia Militar da região, depois de falar numa assembléia com os ocupantes da área. Ele disse aos policiais que, se não conseguissem cassar a liminar, os sem-terra desocupariam pacificamente o local e iriam montar um acampamento na beira da estrada.

Simão Pedro parabenizou os sem-terra pela luta e pela organização, pedindo que não desanimassem e que se espelhassem nas famílias do assentamento Dandara, ali próximo. "Eles ficaram sete anos num acampamento, enfrentando adversidades e despejos, mas que agora, no governo Lula, conquistaram suas terras e já estão produzindo e vivendo do seu trabalho".

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