Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, provocou destaque na mídia e merece ser festejada como uma vitória contra o abuso do poder econômico.

Sete anos atrás, o mecânico Édson de Oliveira foi morto a tiros durante um assalto dentro do caixa eletrônico de uma agência do Bradesco, no município paulista de Santo André, no ABC... Agora, a família da vítima pode ganhar uma indenização por danos morais e materiais de R$ 2 milhões, em processo judicial movido contra o banco.

Foi uma decisão unânime e inédita da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, anunciada em 7 de maio: o tribunal deu ganho de causa aos pais de Édson, que moram em São Bernardo do Campo. O Bradesco decidiu recorrer da sentença no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a ação pode motivar a vitória de diversos outros processos semelhantes.

Em minha atividade de deputado estadual especialista em propostas de defesa da segurança da população, apresentei na Assembléia Legislativa de São Paulo, já nos anos 90, projeto de lei exigindo que os bancos dêem segurança aos clientes em caixas eletrônicos.

Na primeira vez em que entrei com o projeto, essa proposta foi barrada em algumas comissões da Assembléia, por pressões do incrível e poderoso lobby dos bancos.

Já que eu propunha a criação de um serviço de vigilantes dos bancos para zelar pelos seus clientes nos caixas eletrônicos, as entidades de banqueiros torpedearam o projeto, alegando que não teriam dinheiro, apesar de a gente saber de seus altos lucros.

Não desanimei: entrei com outro projeto semelhante, que agora está na ordem