Relatos de abuso policial culminando em atos de tortura e extorsão praticadas por policiais foram levados pelo deputado Marco Aurélio (PT), acompanhado pelos advogados Aline Carlota e Diego Bandeira, ambos integrantes da Comissão de Diretos Humanos da OAB da cidade de Caraguatatuba, ao Procurador Geral do Estado, Elival da Silva Ramos, em audiência ocorrida em 25/6.Empunhando relatório com depoimentos, laudos, fotos e pareceres de juízes, os advogados informaram a crítica situação da segurança pública em que se encontra a cidade de Caraguatatuba. Entre os detalhes mencionados está a superlotação do CDP e os atos de retaliação do diretor da unidade diante do motim dos detentos ocorrida em 31 de maio, em protesto pela omissão de socorro a um preso que sofria uma convulsão.

Segundo informações dos advogados, os detentos foram surpreendidos com uma ação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que os espancou e alvejou com tiros de arma letal, que resultou em vários feridos nos joelhos e pés. "Nós apresentamos as provas para o juiz, que se sensibilizou e encaminhou a denúncia para a Corregedoria, mas nada aconteceu com os policiais que, a partir de então, passaram a fazer ameaças à dra. Aline," informou o advogado Diego Bandeira. Outra informação dada pelos advogados foi quanto a classificação dos usuários de drogas em traficantes. "Temos inúmeros casos idênticos, de pequenos portes de maconha ou quatro ou cinco pedras de crack, mais de 60% dos casos de jovens usuários", apontou dra. Aline.



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