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Opinião - Fraternidade e Juventude, um desafio para o século 21

"É preciso inserir os jovens nos mais diferentes debates de interesse nacional"
15/02/2013 10:41 | Edinho Silva*

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A 50ª edição da Campanha da Fraternidade 2013 traz como tema a juventude. Lançada no dia 13/2, com o lema Fraternidade e Juventude: Eis-me Aqui, Envia-me! (Is 6,8), a campanha deve estimular o jovem à prática da cidadania, da solidariedade, da fraternidade e do combate ao preconceito.

A Campanha da Fraternidade e os debates e reflexões propostos terão como ápice a Jornada Internacional da Juventude. O Brasil vai sediar em julho, no Rio de Janeiro, a Jornada que reunirá milhares de jovens de todo o mundo. É uma oportunidade ímpar para que a Campanha da Fraternidade possa ser potencializada.

A Jornada poderá deliberar medidas que venham a valorizar o jovem diante dos desafios colocados no início de século 21, desde a crise econômica internacional que diminuiu radicalmente as oportunidades para os jovens, principalmente no mercado de trabalho, além da descrença no futuro, as drogas, a criminalidade, mazelas que dizimam vidas e sonhos.

No Brasil, a situação da juventude é um pouco melhor, o desemprego cai entre os jovens. Segundo o IBGE, em 2011, a taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos, nas seis principais regiões metropolitanas do país, fechou em 13,4%, muito abaixo dos 23,4% registrados em 2003.

No primeiro ano do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foram preenchidas 2,25 milhões de vagas em cursos técnicos e de qualificação profissional em mais de 400 áreas do conhecimento. O Programa Universidade para Todos (Prouni) já distribuiu 1.096.343 bolsas de estudos em 1.300 instituições privadas de ensino superior. Já as oportunidades para a nossa juventude ter acesso ao ensino superior mais que dobraram no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Até outubro de 2012 foram realizados 349 mil contratos de financiamento, 122% a mais que em 2011.

O crack, droga que tem levado à morte jovens pelo mundo todo, tem sido enfrentado pelo governo Dilma Rousseff. Treze Estados já formalizaram a parceria para execução das ações do Programa Crack, É Possível Vencer!, totalizando R$ 1,9 bilhão destinado pelo governo a essas unidades. Há 40 CRRs (Centro Regional de Referência) em funcionamento no país, 12 em construção e 10.200 vagas, formando diferentes profissionais e promovendo o fortalecimento das estratégias de articulação da rede de atenção aos usuários de crack e outras drogas. Mas ainda temos muito a fazer no Brasil para que nossos jovens ocupem o verdadeiro protagonismo social em uma sociedade que busca a igualdade de oportunidades.

No ano passado, o governo Dilma Rousseff criou o Brasil Sem Fronteiras, programa que envia jovens para estudar em universidades em diversos países, com bolsas oferecidas pelo Brasil. Até novembro foram concedidas 20.525 bolsas, sendo 15.031 para graduação e 5.494 para pós-graduação, em 40 países.

É preciso inserir os jovens nos mais diferentes debates de interesse nacional. A juventude atual tem mais acesso às informações, é "antenada" nos problemas do Brasil e pode opinar. A nossa juventude pode participar da construção de um país mais solidário e igualitário, que combata toda e qualquer forma de preconceito e de discriminação; que valorize o conteúdo mais do que a forma, que respeite as diferenças. A nossa juventude pode ser a interlocutora de um novo modelo de produção de riquezas, que seja sustentável, que respeite a natureza e os trabalhadores.

Cabe ao Estado, seja no Brasil, ou em qualquer outro país, adotar medidas capazes de proteger o jovem do assédio da criminalidade e das mais diversas formas de violência e, ao mesmo tempo, garantir a eles acesso às oportunidades, para que exista um futuro.



*Edinho Silva é deputado e presidente estadual do Partido dos Trabalhadores.

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