Nos últimos dias, os noticiários local e nacional têm dedicado grande espaço e tempo para comentar um suposto esquema montado por grandes empresas para se autobeneficiarem em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Inicialmente, acusaram o governo do Estado de São Paulo de estar entre os beneficiários do tal crime. Suspeita que está sendo devidamente investigada. Agora, descobre-se que o suposto cartel organizado pelas empresas atuou também em outros Estados e em contratos com o governo federal, ou seja, a fraude parece ser generalizada. No entanto, o único até o momento a tomar uma atitude firme com o objetivo de esclarecer toda e qualquer suspeita foi o governador Geraldo Alckmin. Para que não reste nenhuma dúvida sobre sua vontade de ver tudo apurado, o governador ordenou a criação de uma comissão independente formada por entidades da sociedade civil para acompanhar as investigações que estão sendo feitas pelo Ministério Público de São Paulo e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A comissão é formada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional São Paulo, Transparência Brasil, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Instituto Ethos, Associação Brasileira de Imprensa/escritório de São Paulo, Ordem dos Economistas do Brasil, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Comissão Geral de Ética, Sindicato dos Engenheiros do Estado de SP, Conselho de Transparência da Administração Pública e Instituto Tellus de Desenvolvimento Humano. Isso mostra a disposição do governo do Estado em saber o que há de verdade em torno das denúncias e pedir o ressarcimento dos cofres públicos caso fique comprovado que houve dano ao erário, além de pedir punição aos agentes que porventura tenham provocado o prejuízo. Repito o que disse na tribuna da Assembleia Legislativa: o governador Geraldo Alckmin é um homem de integridade. Tenho absoluta certeza que ninguém está mais interessado em descobrir se houve algum esquema contra o Estado de São Paulo do que governador. Não vamos nos esconder nem nos omitir para proteger bandidos. Se amanhã houver provas contra alguém de nosso partido, seremos os primeiros a apoiar sua punição. Não somos iguais ao partido que apoia os mensaleiros, embora seus líderes tentem de todas as formas nos puxar para a vala comum da roubalheira. O PT, como é de conhecimento geral da nação, premia e prestigia companheiros condenados por corrupção como se fossem heróis da Pátria. Falta pouco para que esses heróis comecem a ir para a cadeia, que é o lugar onde devem estar todos aqueles que se apoderam de maneira criminosa do dinheiro público para atender a interesses particulares ou de pequenos grupos. O PSDB sempre lutou e continuará lutando contra isso. A atitude do governador Geraldo Alckmin diante das suspeitas de corrupção no Metrô e na CPTM é uma prova inequívoca disso. *Pedro Tobias é deputado estadual pelo PSDB.