Professores, alunos e funcionários do campus Leste da Universidade de São Paulo decidiram encerrar na terça-feira passada uma greve que já durava 50 dias. A decisão foi tomada após terem participado da audiência pública convocada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Desenvolvimento Sustentável da Alesp, presidida pelo deputado Beto Trícoli (PV), para tratar de um assunto polêmico e que vem provocando acalorados protestos.

A paralisação havia sido convocada no início de setembro, para pedir a descontaminação do campus, autuado em agosto pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), por descumprimento de exigências ambientais.

A denúncia é de que para fazer o aterro da área onde estão os prédios da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) foi usado entulho contaminado e lodo de drenagem do rio Tietê, o que estaria provocando a concentração de metano sob o solo. O metano é um gás altamente inflamável proveniente da decomposição de matéria orgânica.

A audiência pública foi convocada pela Comissão de MA da Alesp, em conjunto com a comissão de Educação e Cultura. A reunião aconteceu terça-feira passada e foi presidida pelo deputado Beto Trícoli.

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