Opinião - Verbas para hospitais filantrópicos


23/05/2014 16:50 | Welson Gasparini*

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Na última quarta-feira, 21, com grande alegria - pois desde o inicio do meu atual mandato de deputado estadual tenho defendido não apenas o repasse de verbas para as instituições filantrópicas como, igualmente, o reajuste das tabelas SUS (cuja defasagem tem arrancado os cabelos dos administradores hospitalares do Estado de São Paulo e do Brasil) - acompanhei o governador Geraldo Alckmin num anúncio de grande importância para a saúde pública de Ribeirão Preto e da região: a liberação de um repasse extra de R$ 14,7 milhões para a Santa Casa e para o Hospital Imaculada Conceição (Beneficência Portuguesa), conforme preveem convênios assinados entre a Secretaria de Estado da Saúde e referidas instituições.

Esse valor, relativo ao novo programa de auxílio às santas casas e hospitais filantrópicos do Estado de São Paulo corresponde a 40% a mais em relação aos recursos que esses hospitais recebem do SUS (Sistema Único de Saúde). Pelo novo programa, as duas unidades (Santa Casa e Beneficência) se tornarão "hospitais estratégicos" do SUS e irão se consolidar como referência em atendimentos de média complexidade aos municípios da região de Ribeirão Preto.

Também acompanhei, na mesma oportunidade, a entrega, pelo governador Alckmin, de 12 novos leitos exclusivos para tratamento gratuito de dependentes químicos, especialmente de crack, em Ribeirão Preto.Essas vagas disponibilizadas no Hospital Santa Tereza, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, serão custeadas integralmente pelo governo do Estado e devem começar a funcionar no mês de junho."

São notícias, sem qualquer duvida, alvissareiras num momento em que a saúde pública, de um modo geral, vive uma situação caótica devido a falta não apenas de profissionais qualificados (sobretudo de médicos) como, igualmente, de equipamentos para exames laboratoriais e radiológicos até mesmo rotineiros.

O governo do Estado, imperioso reconhecer, faz a sua parte mas a responsabilidade pela saúde envolve, em graus menores ou maiores, também os governos municipais e o federal; é justamente o governo federal quem mais contribui - mantendo defasadas as tabelas SUS - para o caos na saúde pública. A saúde pública, não custa lembrar, é dever do Estado e direito do cidadão; defender esse direito, por outro lado, é obrigação de todas as lideranças políticas consequentes e conscientes.

*Welson Gasparini é deputado estadual pelo PSDB, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.

alesp