A presença de apenas dois membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (Hélio Nishimoto-PSDB, presidente, e João Paulo Rillo, líder do PT) impediu discussão, nesta quarta-feira, 15/10, sobre denúncia protocolada pelo petista contra o deputado Bruno Covas (PSDB). Para que houvesse trabalhos do conselho seria necessária a presença de ao menos cinco membros do órgão, formado também pelos deputados Afonso Lobato (PV), Alex Manente (PPS), André Soares (DEM), Campos Machado (PTB), Cauê Macris (PSDB), José Bittencourt (PSD) e Marco Aurélio de Souza (PT). A denúncia A denúncia contra Bruno Covas protocolada pelo PT refere-se a suspeita de caixa dois durante sua campanha à Câmara dos Deputados. Rillo também destaca que houve mais irregularidades na campanha, já que o staff de Covas incluía funcionários públicos impedidos por lei de atuar em tal atividade. O deputado João Paulo Rillo cita reportagem publicada pelo site Viomundo, segundo a qual Mário Welber - o assessor de Bruno Covas que foi detido com R$ 102 mil em dinheiro e 16 cheques em branco assinados e pivô da denúncia de prática de caixa dois pelo parlamentar tucano - é funcionário da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado) e não poderia estar assessorando o parlamentar. O site denuncia também que Welber não é o único caso. Fabiana Macedo de Holanda que se apresenta e responde à imprensa como assessora de imprensa de Bruno Covas é gerente do Departamento de Comunicação Social da Cetesb. Rillo, afirmou que irá protocolar formalmente a nova denúncia no Conselho de Ética sobre mais essa irregularidade. A pauta da reunião também incluía manifestação formalizada pelo deputado Luiz Moura (PT), acusado de ligação com organização criminosa, com relação à representação contra ele apresentada por Pedro Tobias (PSDB). Estiveram presentes ao Conselho de Ética os deputados petistas Ana do Carmo, Carlos Neder e Geraldo Cruz.