Humilhação na atribuição de aulas, desprezo, falta de acesso à SPPrev, ao Iamspe e assédio moral " inclusive no direito à greve. Essas e outras denúncias foram mais uma vez feitas pelos professores categoria O da rede estadual durante a audiência pública organizada, na Assembleia Legislativa, pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), no dia 27/2. Um dos principais objetivos do debate foi dar vez e voz a estes profissionais da educação, discriminados pelas escalas fragmentadas promovidas pela Secretaria estadual de Educação. "Quem me classifica como O é o governo; eu sou professor", afirmou Joelma Melo, docente que participou da mesa junto a Giannazi e aos professores Edmilson Almeida e Silvana de Assis, da Apeoesp. Este e outros depoimentos serão enviados na íntegra ao governador e aos secretários de Educação e de Planejamento e Gestão. Em apoio total às históricas reivindicações destes professores, regulados pela Lei Complementar 1.093/2009, Giannazi apresentou um PLC para revogá-la, levou o caso ao Ministério Público estadual, Tribunal de Contas, imprensa e para a Comissão de Educação e Cultura. Agora também encaminha uma representação ao Ministério Público do Trabalho e outra na Organização Internacional do Trabalho. "O governo trata os professores como subcategoria profissional e desarticula a relação pedagógica entre estudantes e docentes", complementa Giannazi, referindo-se à duzentena que, ao fim do contrato de trabalho, os afasta de seus alunos e suas escolas. carlosgiannazi@uol.com.br