Enquanto os meios de comunicação divulgam diariamente dados e números pessimistas, com aumento da inflação, juros altos, desaceleração da economia, crise política e ajuste fiscal, vejo nesse horizonte nebuloso, uma luz a indicar um novo caminho!

Saio do 14º Salão São Paulo de Turismo otimista e seguro que o setor trilha o rumo certo e terá um grande crescimento no estado, nos próximos anos.

Muitos municípios paulistas estão vocacionados para o turismo, essa formidável indústria contemporânea que traz emprego, renda e progresso, com desenvolvimento sustentável. O turismo está sempre acompanhado da valorização da natureza, da cultura local, da culinária, do esporte, do lazer e do entretenimento. Serviços que no passado, apenas uma pequena parcela da elite podia desfrutar, agora torna-se acessível a muitas famílias brasileiras.

Inserido nessa realidade promissora, o parlamento paulista, junto com o governo do estado, dá um passo ousado com a Lei que regulamenta e incentiva os Municípios de Interesse Turístico. Lei nascida das experiências municipais e internacionais, dos especialistas, empresários, líderes municipalistas e agentes de turismo.

A nova Lei, que tenho orgulho de ter sido um dos autores, ao lado de outros deputados que se dedicam a essa causa, nasceu após mais de 3 anos de intenso trabalho, no âmbito da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento dos Municípios de Interesse Turístico (Fremitur), presidida à época pelo caro deputado João Caramez.

Essa lei também é resultado dos esforços da Comissão de Turismo (CAE) e da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, que presido na Assembleia Legislativa, da Associação dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico de São Paulo - Amitur, presidida pelo caro amigo Jarbas Favoretto, e pela Associação das Prefeituras das Cidades Estâncias do Estado (Aprecesp), dentre outras.

Mais de 140 municípios do estado, que receberão recursos anuais do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias " Dade, para serem investidos no turismo, passaram a contar com um marco regulatório que estimula a localidade dotar-se de equipamentos e serviços turísticos, como meios de hospedagem, serviços de alimentação e de transporte turístico, serviços de informação turística e sinalização indicativa de atrativos turísticos, sem os quais não poderá atender de forma adequada aos seus visitantes.

Essa nova política para os municípios vocacionados ao turismo estrutura-se na existência de um Plano Diretor de Turismo, bem como, de um Conselho Municipal de Turismo, que garantam e estimulem a participação das organizações da sociedade civil envolvidas com o turismo.

Agora as cidades mais bem preparadas poderão mudar de classificação e aumentar o valor recebido do Estado. Um modelo inovador, que favorece a competição, estimula o desenvolvimento dos municípios e gera emprego e renda.

No Estado de São Paulo, o turismo movimenta mais de 50 setores da economia, gerando mais de 1 milhão de empregos diretos. O setor é formado essencialmente por micro e pequenas empresas. Segundo o Ministério do Turismo, 95% dos 41.300 prestadores de serviço no turismo se enquadram no perfil de micro e pequenas empresas ou são MEIs.

Não apenas as possibilidades geradas pela a nova lei, mas sobretudo a esperança e energia presentes no 14º Salão São Paulo de Turismo, indicam que toda crise traz oportunidades e que os empreendedores constroem o futuro olhando para a frente, planejando e trabalhando com muito afinco.

*Itamar Borges é deputado estadual pelo PMDB.