Opinião: Melhorias do trânsito na capital salvam vidas


15/04/2016 17:46 | Enio Tatto*

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Um dos elementos para se avaliar o bom desempenho de um governo pode ser encontrado na sua capacidade de enfrentar problemas estruturais e obter resultados positivos. Encontramos um desses casos nas ações da prefeitura de São Paulo que, sob a gestão de Fernando Haddad, tem conquistado melhorias expressivas no trânsito, tornando-o mais seguro, mais rápido e mais eficiente.

Vejamos os dados que mostram esses avanços no transporte urbano. Levantamento recente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aponta a redução dos congestionamentos em todos os horários. A lentidão no pico da tarde, das 17h às 20h, caiu 16,6%. No pico da manhã, das 7h às 10h, a redução foi de 6,6%. No entre pico, das 10h às 17h, a queda dos congestionamentos foi de 5,77%. E essa melhoria acontece em um momento em que o número de veículos que circulam pela cidade cresceu. Segundo o estudo da CET, a frota de veículos da cidade de São Paulo saltou de 7,8 milhões no fim de 2014 para 8,1 milhões em dezembro do ano passado.

Esses números positivos são consequência de políticas para a área desenvolvidas pelo governo paulistano. Tanto é assim, que as melhoras verificadas não são acompanhadas por outras cidades brasileiras. Divulgado no final de março, o mais importante ranking mundial de medição de congestionamentos, TomTom Trafic Index, apontou a queda de 51 posições da capital paulista entre 295 metrópoles com mais de 800 mil habitantes de 38 países. Enquanto, em 2013, São Paulo ocupava a 7ª posição no ranking de maiores congestionamentos, a capital paulista caiu para a 58ª colocação em 2015.

Na avaliação do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, esses resultado se devem à ampliação de faixas de ônibus e de ciclovias, à reforma de semáforos e à redução da velocidade máxima nas Marginais e em outras vias. Segundo o secretário, "foram essas diversas intervenções no viário que fizeram com que melhorasse a fluidez no trânsito, tanto dos ônibus como dos carros". "Quando se implanta uma faixa de ônibus, você acaba tirando o carro estacionado, ganha mais uma via na cidade e facilita carga e descarga. O mesmo ocorre com as ciclovias."

Para Jilmar Tatto, a redução da velocidade máxima permitida em diversas vias da cidade colaborou também para a melhoria na fluidez nos horários de pico porque com a redução de acidentes, os demais veículos ficam menos tempo parados. "Além disso, a redução da velocidade traz um espaço menor entre um veículo e outro. É como se ganhássemos mais uma faixa. O trânsito fica mais compacto."

A esses dados sobre a circulação de carros, somam-se melhorias no transporte por ônibus. De acordo com a prefeitura, foram inaugurados mais de 416 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus. Atualmente, a malha possui 506,2 quilômetros. Antes do governo Haddad, São Paulo possuía 90 quilômetros de vias exclusivas para os coletivos. A medida, de acordo com um levantamento da São Paulo Transporte (SPTrans), aumentou a velocidade média dos ônibus durante os horários de pico e ultrapassou os 20 km/h.

Outro avanço na mobilidade da cidade foi o da ampliação das ciclovias. Desde 2014, a atual gestão inaugurou 305,2 km de ciclovias.A meta é chegar aos 400 km até dezembro deste ano. Antes, São Paulo só possuía 64,7 km, além de 31,9 km de ciclorrotas. Esse meio de locomoção se torna, cada vez mais, uma alternativa viável de transporte para os paulistanos. Pesquisa de setembro de 2015 revelou que 40% dos ciclistas tinham começado a pedalar havia menos de um ano nas áreas central e intermediária da cidade, possivelmente influenciados pela expansão da malha cicloviária. Mais de 70% dos ciclistas afirmam usar a bicicleta pelo menos cinco vezes por semana, indicando que a bicicleta é, de fato, o principal meio de transporte para muitos paulistanos.

É importante registrar ainda que essas melhoras vieram acompanhadas da queda do número de mortes no trânsito. Desde 2015, com o Programa de Proteção à Vida (PPV), foi registrada uma queda de 20,6% no número de mortes no trânsito na cidade de São Paulo, na comparação com os 12 meses de 2014, e 257 vidas foram salvas no período. O PPV foi iniciado em 2013 e busca a redução de acidentes e atropelamentos na cidade. A iniciativa inclui várias frentes, como o CET no Seu Bairro, a implantação de Áreas 40 (velocidade máxima), da Frente Segura (bolsões de parada junto aos semáforos para motociclistas e bicicletas), das faixas de pedestres diagonais em cruzamentos de grande movimento e da redução de velocidade máxima para o padrão de 50 km/h nas vias arteriais.

Assim, o governo do prefeito Fernando Haddad coleciona conquistas que aperfeiçoaram a mobilidade urbana na cidade. Em sua gestão encontramos, em síntese, a prioridade para o transporte coletivo, mais fluidez no trânsito de carros e ônibus, estímulo ao uso da bicicleta e aumento da segurança de pedestres e condutores.

*Enio Tatto é deputado estadual pelo PT e 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

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