Audiência discute torcida única nos estádios de futebol










Audiência pública realizada nesta quarta-feira, 29/6, e que teve como tema a questão "Torcida única é bom para o futebol?", ouviu especialistas em Segurança Pública, Direito, Comunicações, e representantes dos clubes e das federações, para estudar a convivência pacífica, no mesmo estádio de futebol, de torcidas rivais quando seus times se confrontam. O histórico desses confrontos, quando realizados com a presença das duas torcidas, tem demonstrado que a violência aumenta muito nessas ocasiões, resultando em depredações, ferimentos de policiais e torcedores e, até, de terceiros que têm a má sorte de se encontrar na marcha dos desordeiros. Não raras são as ocorrências de mortes nessas ocasiões, principalmente em brigas organizadas via internet e marcadas para o caminho dos ônibus dos adversários, ônibus esses que levam em seu interior, além dos torcedores, um completo arsenal que inclui bombas caseiras, armas, correntes etc.
Por outro lado, como afirmou Luiz Fernando Teixeira (PT), proponente da audiência, as torcidas são importantes para o futebol e o fato de implantar uma torcida única é um reconhecimento da vitória da violência.
Todos os presentes ao evento declararam-se favoráveis à presença das torcidas rivais no mesmo jogo, como era até há pouco tempo, mas foram cautelosos em condenar a torcida única, porque dados apresentados no evento mostram que as ocorrências de brigas em estádio têm diminuído. O mesmo não ocorre, entretanto, nas ruas. "Mas isso é problema nosso, enquanto policiais", lembrou o deputado Delegado Olim (PP), que cobrou do governo um maior efetivo e uma materialidade mais efetiva", referindo-se à desigualdade entre a letalidade das armas de policiais e dos criminosos. O deputado elogiou os policiais presentes pelo seu trabalho de prevenção e inteligência, este último identificando nas redes sociais possíveis agendamentos de brigas e antecipando intervenções de repressão aos desordeiros.
Também o presidente da Assembleia, Fernando Capez, participou da audiência e citou a Lei 15.868/2015, de sua autoria, como parte do processo que tenta viabilizar a convivência das torcidas, pois protege os direitos do cidadão frequentador dos estádios, demarcando os assentos e identificando quem ocupa aquele lugar. Capez, entretanto, analisando os dados sobre a queda da violência após a adoção da torcida única, concorda que é preciso um aprofundamento na discussão pelos setores que estavam representados na reunião para que os avanços sejam obtidos e as torcidas voltem a se tolerar, sem brigas.
As torcidas organizadas também foram citadas por abrigar, em sua minoria, vândalos em forma de torcedores, que se aproveitam do anonimato para promover violência. Alguns deputados citaram "dirigentes de clubes", sem especificar nomes, que distribuem ingressos para torcidas organizadas e estas acabam por promover violência em vez de simplesmente fazer o seu papel, que é torcer pelo seu clube.
Estiveram presentes na mesa coordenadora, além dos citados, os deputados Wellington Moura (PRB), Alencar Santana Braga (PT), Chico Sardelli (PV), Itamar Borges (PMDB) e Roberto Morais (PPS), além de representantes das federações CBF e FPF. O promotor Paulo Castilho, citado pela maioria dos presentes como um dos mais importantes incentivadores do debate sobre o assunto, também compôs a mesa do evento com direito à palavra.
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