Por iniciativa do deputado Enio Tatto (PT) e com o apoio de sua colega de bancada e vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, deputada Beth Sahão, foi solicitada uma audiência pública sobre a motivação do assassinato de Matheus Santos de Freitas, 24 anos, no dia último dia 3/10, por policiais militares, dentro de uma escola estadual na cidade de São Paulo.

Na audiência pública, conforme requerimento protocolado pelos parlamentares do PT, deverão ser ouvidos o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, o delegado-geral de polícia, Youssef Abou Chain, que também responde pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, e o delegado responsável pelo atendimento do caso no 101º Distrito Policial do Jardim das Imbuias.

Matheus de Freitas, jovem negro estudante de Economia no Centro Universitário Nove de Julho, acompanhado por outros três amigos, pulou a cerca da Escola Estadual Tancredo Almeida Neves, no Jardim Novo Horizonte, extremo sul da capital, no dia 1º/10, para usar a quadra de esportes. Foram surpreendidos por três policiais à paisana que estavam dentro da escola para, supostamente, resguardar as urnas eletrônicas que seriam utilizadas nas eleições municipais do dia seguinte.

Matheus foi baleado, pulou a grade e caiu. Amigos, que chegaram posteriormente ao local, foram informados pelos PMs que ele tinha se prendido numa lança da cerca. A ambulância de resgate levou quatro horas para chegar ao local. Matheus morreu no dia 3/10, durante cirurgia no Hospital Geral do Grajaú.

Inconformados com a morte do jovem, amigos e conhecidos de Matheus realizaram, três dias depois, na avenida Paulo Guilguer Rotemberg, um protesto contra a ação da Polícia Militar. Os manifestantes foram reprimidos pela Força Tática com bombas e balas de borracha.

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