Projeto da "farinata" é retirado da Alesp, mas prossegue na Câmara Federal


21/11/2017 10:03 | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Após denúncias de Carlos Giannazi, o PSDB voltou atrás e retirou o projeto de lei que instituiria a distribuição de ração humana em nível estadual. O PL 19/2017 havia sido proposto pela deputada Célia Leão e estava tramitando em regime de urgência, mas foi retirado em 8/11 a pedido da autora. "Os tucanos tiveram de recuar no plano de implementar a "farinata" em todo o Estado. Nossas denúncias repercutiram na imprensa e a pressão da opinião pública surtiu efeito", comemora o parlamentar do PSOL.

Na capital paulista, o prefeito Doria também recuou na intenção de introduzir o granulado na merenda escolar, mas ainda pretende fornecer o alimento hiperindustrializado à população atendida pelos programas sociais. Isso apesar de o Conselho Regional de Nutricionistas ter se manifestado contra a medida por considerar que a ideia é um retrocesso nas políticas de erradicação da fome.

Além do evidente prejuízo à população mais carente, há fortes suspeitas de que o verdadeiro objetivo do programa é beneficiar as empresas do setor alimentício, já que a proposta é conceder isenções fiscais em troca das sobras de comida que iriam para o lixo. Por isso a prefeitura de São Paulo e a ONG Plataforma Sinergia estão sendo investigadas pelo Ministério Público.

Além da lei sancionada por Doria e do projeto retirado da Assembleia, há ainda uma terceira iniciativa apresentada em Brasília pelo deputado federal por Arnaldo Jardim, ex-secretário da Agricultura de Alckmin. "Não podemos parar essa luta. Temos que barrar a ração humana em todos os níveis e enterrar de vez esse projeto do PSDB", conclui Giannazi.

alesp