Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o PLP 100/11, que permite que as cooperativas de crédito façam a captação de recursos de municípios, seus órgãos ou entidades e das empresas controladas. A matéria passará pelo Senado, mas tem tudo para ser aprovada. Na prática, a aprovação do PLP permitirá que essas instituições financeiras desenvolvam uma série de ações junto às prefeituras. O mais importante, sem dúvidas, é permitir que os mais de 500 municípios brasileiros que não contam com agências bancárias possam efetuar o pagamento de seus funcionários por meio de cooperativas. Aí está o primeiro ganho, já que os servidores públicos dessas cidades não precisarão mais se deslocar a municípios vizinhos. Como sempre afirmo, mais do que um modelo econômico eficiente, o cooperativismo tem se mostrado uma alternativa para modelos de negócios sólidos que prezam pela inclusão social e desenvolvimento econômico e sustentável. E esse é o segundo grande ponto positivo do projeto. Isso porque as cooperativas de crédito, diferente de bancos que investem em qualquer lugar onde o resultado seja o lucro, têm por tradição aplicar os recursos captados nas cidades e regiões onde operam. Isso significa que essas cidades poderão ter um aquecimento econômico relevante ao receberem essas agências em seu território. Enquanto percebemos bancos fechando suas agências, o projeto propiciará que as cooperativas ganhem fôlego para inserir postos de atendimento " que funcionam com os mesmos serviços de um banco. E essa expansão abrirá espaço para um sistema onde a soma de trabalho gere bons resultados igualmente para todos os cooperados. Ou seja, com essa permissão, municípios, cooperativas e população serão beneficiados com eficiência, aquecimento econômico e desenvolvimento. Nosso papel agora é fazer com que elas cheguem a essas cidades. E para isso, vamos trabalhar! Davi Zaia é deputado pelo PPS