O deputado Carlos Giannazi (PSOL) denunciou na tribuna da Alesp mais uma violência cometida pelo governador Geraldo Alckmin contra os docentes da rede estadual: os 20 mil professores categoria "O" demitidos no início deste ano não estão recebendo os valores de suas rescisões contratuais, em especial a indenização de férias não fruídas. "É um calote dentro de outro calote", acusou o parlamentar, lembrando a "farsa" que foi a aprovação do PLC 33/17 no final do ano passado, já que a medida prometia evitar as demissões. Giannazi ressaltou que a dispensa dos professores não foi provocada pela redução de demanda, mas sim por uma política de fechamento de milhares de salas de aula à custa da superlotação das restantes. Enquanto educadores defendem o número máximo de 25 alunos por sala " há inclusive o PL 517/2007 de Giannazi tramitando na Assembleia nesse sentido " a Secretaria da Educação busca montar classes com 40 alunos ou mais, mesmo que para isso tenha de transferir estudantes para escolas distantes de suas casas. Por fim, culpou o governo pelo desrespeito à votação do PLC 33. A Alesp aprovou uma emenda do deputado dando o direito ao uso do Iamspe para os professores contratados, mas que foi vetada pelo governador. "É um governo sem palavra. Vamos derrubar o veto de Alckmin", conclamou.