Carlos Giannazi participou no último dia 27/3, da manifestação em frente à Câmara Municipal de São Paulo que, com seus 100 mil participantes, levou à desconvocação do projeto da Sampaprev por ao menos 120 dias. Com a pressão das ruas, muitos vereadores da base de Doria se recusaram a apoiar o PL 621/2016, mesmo depois de o prefeito ter recuado em relação ao desconto da alíquota suplementar. Para o líder do PSOL na Alesp, o prazo de 120 dias para que o PL 621 volte à pauta foi apenas uma "saída honrosa" do governo, que sofreu uma derrota. "Daqui a quatro meses já estaremos em meio à campanha eleitoral. Dificilmente esse projeto será votado", afirmou o parlamentar, prevendo que o vice Bruno Covas não terá força política para aprovar nenhuma medida dessa natureza. Fazendo um paralelo com a reforma da Previdência de Temer, que também está congelada no Congresso Nacional, Giannazi ressaltou que a vitória da população de São Paulo só foi possível por conta da mobilização dos servidores e das comunidades, que pressionaram os vereadores governistas em seus escritórios políticos e nas redes sociais. A massiva adesão à greve dos servidores, que paralisou mais de 70% dos serviços públicos e quase todas as escolas, foi outro fator determinante apontado por Giannazi. Iniciada em 8/3, a greve só foi suspensa na assembleia realizada logo após a retirada do PL 621, que decidiu ainda pela retomada do movimento caso o PL volte a ser pautado.