Sétima edição da SP Transvisão promove eventos na capital paulista


31/01/2019 15:32 | Programação | Isabella Tuma

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Imagem ilustrativa (fonte: pexels.com)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-01-2019/fg229740.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em 2018, foram registrados no Brasil 163 homicídios com vítimas dentre a população trans, que abrange travestis e transexuais. Os dados, coletados pelo Observatório da Violência e disponibilizados pelo site Observatório Trans, quantificam essa violência de gênero. Para dar maior visibilidade à causa de luta por igualdade, a SP Escola de Teatro realiza até o dia 2/2 a sétima edição da "SP Transvisão - semana da visibilidade de travestis, mulheres transexuais e homens trans".

Com debates sobre políticas de igualdade social e jurídica, neste ano o tema abordado é "Resistir para existir - nossas vidas importam". A programação, gratuita e distribuída por toda a cidade de São Paulo, inclui apresentações artísticas e passeios como caminhadas.

A iniciativa nasceu em 2013, com o intuito de fazer com que a escola abraçasse ainda mais a diversidade social. A edição deste ano é promovida em parceria com o governo estadual, por meio das secretarias da Saúde (Coordenadoria de Controle de Doenças), de Cultura e Economia Criativa e de Justiça e Defesa da Cidadania (Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual). A Defensoria Pública do estado (Núcleo de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial) e a prefeitura também participam - secretarias municipais de Saúde (Programa Municipal de DST/Aids) e de Direitos Humanos e Cidadania (Coordenação de Políticas para LGBTI) -, além do Sistema Único de Saúde (SUS), da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e de ONGs e centros atuantes nas causas LGBT.

Diferença

Muitos não sabem, mas a letra "T" presente na sigla LGBT - lésbicas, gays, bissexuais e trans -, inclui mais do que um termo: travesti e transexual.

A pessoa que se reconhece como transexual é aquela que não se identifica com seu sexo biológico e anatômico, e pode passar por intervenções hormonais e cirúrgicas para tornar seu corpo compatível com o que sente.

Já travesti - termo empregado nos países da América Latina, na Espanha e em Portugal - é uma identidade de gênero feminina. Apesar de haver divergências, para grande parte da comunidade LGBT a pessoa não sente desconforto em relação ao seu corpo. Assim, muitas vezes não é necessário fazer cirurgias de redesignação sexual, ainda que se invista em roupas e hormônios femininos.

A escola

A SP Escola de Teatro, inaugurada em 2010, oferece cursos regulares e de extensão. O projeto é baseado no Programa Kairós, com um funcionamento sistêmico e colaborativo entre diferentes ações artístico-pedagógicas.

Buscando aumentar a produção teatral e democratizar o acesso à formação artística, o Kairós distribui as bolsas-oportunidade e também promove ações como projetos sociais e culturais, estágios para aprendizes e captação de recursos e parcerias com ONGs, organismos internacionais e empresas privadas. O nome escolhido tem origem na mitologia grega, e significa "momento certo ou oportuno".



Confira a programação do fim de semana SP Transvisão:

1º/2 - Apresentações artísticas

Lançamentos de exposição e do concurso "Trans-critos, relatos de vidas"; shows de artistas trans; entrega do prêmio Claudia Wonder (destinado a quem atua promovendo as causas transexuais e travestis)

Local: SP Escola de Teatro

Praça Roosevelt, 210 - Consolação

Horário: 18h

2/2 - 4ª Caminhada Pela Paz

Com o tema "Travestis e transexuais - nossas vidas importam", o objetivo é discutir o enfrentamento às discriminações sofridas pela população transexual e travesti

Local: Rua Líbero Badaró, 39 - Sé

Horário: 13h

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