Um encontro realizado na última terça-feira (21/5), no plenário D. Pedro I, discutiu a proposta de reduzir verbas para os cursos de filosofia e de sociologia nas universidades. Os presentes no evento também defenderam o ensino das ciências humanas, em uma reação à fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que em abril passado havia escrito em sua conta oficial do twitter: "o Ministério da Educação deve usar o orçamento do governo federal para ensinar leitura, escrita e a fazer conta". A iniciativa da audiência na Alesp foi do deputado Carlos Gianazzi (PSOL) que enalteceu a luta dos professores. "Governos autoritários não querem filosofia nem sociologia. É uma audiência de resistência em que professores e entidades se manifestam em defesa da educação, contra os cortes das universidades federais e contra os cortes no orçamento da educação básica, da educação infantil, do fundamental, médio, técnico e tecnológico", declarou o parlamentar. Estiveram na audiência pública representantes da Aproffib, Aproffesp, Abecs e AGB-ABC. A Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) em conjunto com a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), pela Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS) emitiu nota oficial sobre as declarações do presidente Bolsonaro e do Ministro da Educação, Abraham Weintraub: "A nota diz que "a reflexão das ciências humanas e sociais, incluída a filosofia, tem sido tão crucial para a formulação e avaliação de políticas públicas como para o desenvolvimento crítico das demais ciências". Diz ainda que é inaceitável que essas disciplinas sejam consideradas um luxo, passível de corte em tempos de crise econômica como a que vivemos atualmente no país ou de "rebaixamento" por motivação político-ideológico".