Moradores da Zona Norte da capital e entidades que representam a população afetada pela paralisação das obras da Linha 6 do Metro foram ouvidos durante a primeira reunião da Frente Parlamentar sobre o assunto, realizada nesta terça-feira (28/5), no auditório Teotônio Vilela da Alesp. A Linha 6 - Laranja pretende interligar os bairros Brasilândia e Freguesia do Ó à Região Central de São Paulo, sendo construída ao longo do noroeste da cidade. É a primeira linha a ser construída e operada em Parceria Público Privada (PPP), e as obras começaram - com atraso - em abril de 2015. A previsão de início de operação é para maio de 2021, mas sua construção foi paralisada por tempo indeterminado em setembro de 2016. O coordenador da frente, deputado Delegado Bruno Lima (PSL), ressaltou que a frente deverá ouvir além dos moradores da região afetada pela paralisação das obras, autoridades que retêm informações sobre a pauta, como secretários e subprefeitos. "Nossa ideia é pressionar o governo para que as obras sejam retomadas. Estão sendo anunciadas novas obras - inclusive de metrô e monotrilho -, e nós exigimos que sejam finalizadas todas as obras que estão paralisadas para que outras sejam iniciadas", explicou. Elaine Gonçalves Silvério, moradora de Morro Grande, destacou que a região foi uma das mais afetadas pela paralisação, uma vez que diversos moradores antigos do bairro foram retirados dali para que a construção da Linha 6 pudesse ser realizada. "A criminalidade aumentou. Os poucos que saem para pegar sua condução e ir até seus trabalhos, hoje se deparam com diversos casos de assaltos e agressões. Algumas famílias que foram desapropriadas reclamam do valor indenizado", relatou. A moradora frisou também que as áreas desocupadas estão abandonadas e extremamente sujas.