A vice-coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Energia, Barragens, Saneamento Básico e Recursos Hídricos, deputada Márcia Lia (PT), presidiu os trabalhos representando o coordenador, deputado Enio Tatto (PT), no lançamento da frente na quarta-feira (5/6), no auditório Teotônio Vilela. Vários assuntos serão abordados nessa frente, que conta com o envolvimento de várias instituições como o Movimento de Atingidos por Barragem (MAB), Sinergia, a Federação Única dos Petroleiros, o Sindgasista e o Sintaema, como enfatizou a deputada Marcia Lia. "É uma frente que congrega vários setores, então são vários assuntos que foram condensados nessa frente para que se possa discutir esses temas com toda a interface necessária em busca de um resultado bastante efetivo". O Estado de São Paulo tem cerca de 7.400 barragens, segundo levantamento cadastrado na Agência Nacional de Águas (ANA), mas apenas cerca de 200 teriam a classificação de risco. Segundo a coordenadora nacional do MAB, Liciane Andrioli, a construção das barragens atinge a população que mora próximo e não lhe garante o direito de um novo lar e emprego. "Essa população muitas vezes não consegue o direito a uma nova terra, uma nova casa para morar. A partir disso, o movimento vem se organizando em torno da luta pelos direitos da população atingida e também do plano de desenvolvimento desses municípios atingidos por barragens", afirmou. Energia elétrica Entre os assuntos tratados esteve a tarifa ligada à energia elétrica. Carlos Alberto Alves, do Sindicato dos Trabalhadores Enérgicos do Estado de São Paulo, estava presente representando a população e falando sobre a importância da participação em debates como esse. "A gente entende que energia elétrica é um serviço público essencial para a sociedade. Temos aqui o papel de incluir a sociedade nos debates para que possamos fazer frente às suas reivindicações". O setor do petróleo também foi representado pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo. "Fazemos parte na área da energia dessa frente parlamentar e vamos destacar a importância do seguimento do petróleo, tanto o impacto que se tem no país como a relevância no Estado de São Paulo", disse o diretor Alexandre Castilho. O deputado Luiz Fernando T. Ferreira (PT) esteve presente na reunião: "temos uma CPI na Casa que trata de uma barragem de Americana, mas existem mais de mil barragens no estado de São Paulo. Em que condição elas estão? Você não consegue produzir sem energia, ao mesmo tempo foi privatizado esse setor e as multinacionais que tomaram conta estão prestando um péssimo trabalho. Por isso esta frente parlamentar vem para discutir todos esses assuntos", disse. A frente parlamentar que deve ter duração até 14 de março de 2023, conta com seis deputados membros e vinte parlamentares apoiadores.