9 de Agosto é o Dia Internacional dos Povos Indígenas


09/08/2019 19:00 | Comemoração | Fabio Donato

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Fonte: pixabay<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg237769.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Quando as caravelas portuguesas atracaram na Bahia em 1500 comandadas por Pedro Álvares Cabral, já estavam por aqui os chamados "nativos", que por confusão dos colonizadores, achando estar na Índia " objetivo inicial da navegação " acabaram por batizar essa população de índios.

Eles já estavam por aqui... e ainda estão. No período do Descobrimento, a população indígena no Brasil era de 5 milhões de nativos. Este número diminui drasticamente ao longo dos séculos, e atualmente, segundo o Censo do IBGE de 2010, a população indígena no país é de aproximadamente 815 mil pessoas autodeclaradas.

Em sua maioria as tribos indígenas possuem línguas próprias. Muitas palavras incorporadas ao português têm origem indígena como cupim, mandioca, siri, jiboia, tapioca e samambaia.

A cidade de São Paulo conta com a 4ª maior concentração de povos e tribos. São cerca de 13 mil índios na capital do Estado. A data de 9 de agosto foi instituída pela Unesco em 1994. Em 2008, foi aprovada pelo ONU a "Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas".

A maior tribo indígena do país atualmente é a dos Guaranis, que são divididas entre caiová, ñandeva e mbya, cada uma com dialeto e regras de convívio próprios.

O deputado Carlos Giannazi (PSOL) ressalta a importância da data para a população indígena brasileira. "Essa data nunca foi tão importante como hoje, pois o governo Bolsonaro está atacando as comunidades indígenas. Estamos vivendo um verdadeiro retrocesso e um genocídio da população indígena. Hoje é um dia de celebrar, mas também de reflexão, de luta, de resistência e de cobrança", alertou o parlamentar.

Giannazi se refere à decisão do presidente Jair Bolsonaro de transferir a responsabilidade da prerrogativa da demarcação de terras da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura. A decisão foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal.

O deputado Gil Diniz, líder do PSL na Alesp, explica as intenções do governo. "O presidente foi claro ao dizer que não vai ter mais nenhum centímetro de demarcação. Já existe uma área enorme demarcada. O objetivo é integrar essas comunidades à sociedade, se assim elas desejarem e também, caso os índios queiram explorar sua terra, gerar riqueza, ele pode. E integrá-las, levar saúde, tecnologia e moradia para os povos indígenas, se eles assim quiserem", declarou.


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