A epilepsia é uma doença que provoca alterações no funcionamento do cérebro e tem as convulsões como sintoma mais conhecido. A terceira edição da mostra Arte & Epilepsia tem como objetivo chamar atenção para a inclusão dos portadores da doença por meio de fotos, pinturas, música e origami.

Eduardo Caminada Junior, idealizador da exposição, é epilético. Ele conta que a ideia é dar visibilidade ao que é produzido pelos portadores da patologia. "Quando eu tive a ideia de criar o Arte & Epilepsia quis fazer com que as pessoas que tem a doença se mostrassem, não somente por elas, mas que elas mostrassem para outras pessoas que é possível viver bem e com qualidade".

O médico e embaixador da epilepsia no Brasil, Li Li Min ressalta que muitas pessoas ainda não realizam o tratamento. "De um lado, nós temos a possibilidade de controlar a crise na maior parte das vezes. 70% dos pacientes poderiam ter suas crises controladas. Entretanto a gente vê uma ordem inversa, no sentido de que muitos pacientes no mundo não estão recebendo nenhum tipo de tratamento. Isso quer dizer que as pessoas poderiam ter as suas crises controladas, mas não estão por falta de acesso ao tratamento que, no caso, é muito simples", explica.

A mostra tem o apoio do deputado Luiz Fernando T. Ferreira (PT) que é coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia. "Uma pessoa com crise epilética, o que essa pessoa está tendo? Eu acho que a lógica desta Frente Parlamentar que eu coordeno é desmistificar a epilepsia e mostrar para a sociedade o quanto isso é um processo natural".

A exposição fica aberta ao público até o dia 20 de setembro no Espaço Heróis de 32, localizado na Avenida Pedro Álvares Cabral, 201.