Conscientização sobre o câncer de mama ganha reforço durante o Outubro Rosa


07/10/2019 19:39 | Campanha | Laysla Jacob - Foto: Carol Jacob

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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que em 2019 existam aproximadamente 60 mil novos casos de câncer de mama no país. Trata-se do câncer que mais mata mulheres, mas apesar disso, se diagnosticado no início, tem altas chances de cura. A campanha Outubro Rosa surge com o objetivo de conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce por meio da mamografia e inclusive por meio do autoexame.

O autoexame de mama é realizado pela própria mulher e pode identificar o câncer ainda em seu estágio inicial. Para esta avaliação, é importante que as mulheres conheçam seu corpo a ponto de poder identificar qualquer alteração nas mamas, como secreções, tamanhos diferentes entre os seios, coloração alterada ou caroços no tecido mamário.

Segundo a cartilha do Inca sobre o câncer de mama, mulheres de 50 a 69 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos. Nos casos em que existam suspeitas ou diagnóstico de câncer, é necessária a realização de exames especializados, para que assim, imediatamente, seja iniciado o tratamento adequado.

A servidora pública Marta Rangel, 63 anos, realiza dois exames complementares a cada seis meses: a mamografia digital e a ultrassonografia, por possuir um histórico familiar importante para a incidência. "Minha irmã teve o primeiro câncer aos 46 anos. Segundo os médicos que a acompanharam, era um câncer altamente influenciado por hormônios e neste caso, isso pode ser um fator de risco para as mulheres da família, portanto todas elas devem realizar exames periódicos, de acordo com sua faixa etária", contou.

"É muito importante realizar os exames para identificar possíveis problemas logo no início. Seguir a recomendação é necessário, ainda mais quando um fator genético pode ser determinante", concluiu Marta.

Todas as avaliações clínicas, diagnóstico e atendimento médico para a cura são oferecidos pela rede pública de saúde. É também importante destacar é que, embora as mulheres sejam as mais atingidas, homens também podem desenvolver o câncer de mama.

Em tramitação

Em tramitação na Alesp existem projetos que atendem a demandas de mulheres que passam pelo tratamento do câncer de mama. Um deles é o PL 912/2019, que determina que as pacientes submetidas à mastectomia (remoção da mama) tenham direito a acompanhante no pós-operatório. A proposta é conjunta das deputadas Janaina Paschoal, Leticia Aguiar e Valeria Bolsonaro (as três do PSL). De acordo com o texto, o objetivo é dar a possibilidade da companhia de alguém que possa auxiliar a paciente tanto emocionalmente como fisicamente.

A proposta destaca, em sua justificativa, as dificuldades que os pacientes passam no pós-operatório, como se alimentar, trocar de roupa e se locomover. "Embora se reconheça a dedicação no trabalho desempenhado pelas equipes de enfermagem nos hospitais, é sabido que, na maior parte das vezes, o número de enfermeiros é insuficiente para atender às necessidades de todos os pacientes internados. Por conseguinte, se permitida a presença de um acompanhante nos casos de pacientes submetidos a mastectomia ou a procedimentos que acarretem restrições equivalentes, certamente os sofrimentos causados pelos efeitos colaterais do procedimento cirúrgico seriam minimizados", justificam as autoras. A proposta está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e após aprovada seguirá para a avaliação da Comissão de Saúde.

Outro texto, o Projeto de Lei 165/2017, do ex-deputado Gil Lancaster, define que todos os hospitais e clínicas devam informar aos pacientes que a mamoplastia (cirurgia de reconstrução das mamas) é feita de forma gratuita nos hospitais públicos do Estado.

"A mama tem uma representação simbólica muito importante para a mulher, que alcança diversos aspectos profundamente enraizados no universo feminino, tais como a feminilidade, maternidade, sexualidade e a autoestima. A cirurgia de reconstrução da mama é uma importante contribuição para a reconstrução da integridade psíquica das pacientes, promovendo segurança, motivação e melhora da autoestima", defende Lancaster. O texto está pronto para ser votado em Plenário.

alesp