Com o objetivo de conscientizar a população preventivamente sobre a doença, 14 de novembro foi instituído como o Dia Estadual de Prevenção ao Diabetes, criado por meio da Lei 10.816/2001. Quase 20 anos depois de sua criação, a data assume importância ainda maior durante a pandemia, pois os diabéticos fazem parte do grupo de maior risco de infecção pelo coronavírus.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os diabéticos não têm maior risco de se infectar com o coronavírus, mas sim maior gravidade caso sejam infectados. Ainda segundo a SBD, o risco de complicações é menor em pessoas com diabetes controlado. A baixa imunidade, fator preocupante em tempos de pandemia, está relacionada a níveis altos de açúcar no sangue. A SBD afirma que "o controle da glicemia, através de monitorização, uso adequado da insulina ou medicação oral, alimentação equilibrada e exercício físico, vão permitir que a pessoa com diabetes enfrente o coronavírus com menos risco à saúde".

A data também é considerada o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. A Organização Mundial da Saúde e a Federação Internacional de Diabetes escolheram o dia 14 de novembro para homenagear o aniversário do médico Frederick Banting que, em 1921, descobriu a insulina. A federação estima que haverá 49 milhões de novos casos de diabetes até o ano de 2045, o que corresponde a um aumento de 55%. Mais de 16 milhões de brasileiros são diabéticos. Metade deles não sabe que tem a doença, o que os deixa mais suscetíveis a complicações, mais um motivo para os meios de comunicação divulgarem os sintomas e características do diabetes.

A doença

O Ministério da Saúde define diabetes como "doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo". Alterações nas taxas de glicemia podem causar complicações em diversos órgãos. Perda da visão, necessidade de diálise e amputações são algumas das possíveis consequências da doença. Os principais sintomas são fome e sede excessivas e vontade de urinar diversas vezes durante o dia. Existem diversos tipos de diabetes. Os dois mais comuns são diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. O primeiro é uma doença crônica hereditária, normalmente aparece na infância ou adolescência. O tratamento é feito com medicamentos. Já o diabetes tipo 2 está relacionado a sobrepeso, sedentarismo e maus hábitos alimentares.

Prevenção

A melhor forma de prevenir o diabetes, segundo o Ministério da Saúde, é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, cigarro e outras drogas.

As dicas do ministério para prevenir a doença são: comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas; reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras; parar de fumar; praticar exercícios físicos regularmente (pelo menos 30 minutos diariamente) e manter o peso controlado.

Atuação da Alesp

Encontra-se em atuação na Casa a Frente Parlamentar de Combate ao Diabetes (Frepadi), grupo de trabalho que discute medidas relacionadas ao diabetes, coordenada pelo deputado Fernando Cury (Cidadania). Sessenta e sete dos 94 deputados da Casa apoiaram a Frepadi.

Estudos realizados pela frente parlamentar geraram o PL 965/2016, que assegura ao aluno diabético cardápio escolar especial. O projeto foi aprovado na Alesp e gerou a Lei 17.119/2019.

A Assembleia Legislativa aprovou também a Lei 16.576/2017, que instituiu a Semana Estadual de Prevenção, Controle e Combate à Diabetes, entre os dias 8 e 14 de novembro.

Saiba mais:

A Sociedade Brasileira de Diabetes tem um portal específico com informações sobre diabetes e Covid-19. Acesse: https://www.diabetes.org.br/covid-19/notas-de-esclarecimentos-da-sociedade-brasileira-de-diabetes-sobre-o-coronavirus-covid-19/

No mesmo site é possível baixar um livro virtual intitulado "Autocuidado e diabetes em tempos de Covid-19", produzido pela SBD. Segue o link: https://materiais.diabetes.org.br/e-book-autocuidado#rd-box-joq3m2vv