A Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa de São Paulo debateu, nesta terça-feira (29), a situação dos refugiados da Ucrânia no Estado. Os primeiros grupos de ucranianos fugidos da guerra começaram a chegar há poucas semanas no Brasil e se dividiram, principalmente, entre os Estados de São Paulo e do Paraná. A reunião aconteceu on-line contou com a participação do secretário estadual de Relações Internacionais, Julio Serson, e do cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo, Jorge Rybka. O presidente da Comissão, Paulo Fiorilo (PT), se desculpou pelos áudios envolvendo o deputado Arthur do Val (sem partido) e colocou o Parlamento paulista à disposição para auxiliar na coleta de doações aos grupos que estão no Brasil e também para os que estão no país europeu. Em sua fala, Julio Serson, secretário de Relações Internacionais de São Paulo, criticou a invasão na Ucrânia, reforçou o apoio do Poder Executivo à causa, destacou a importância do trabalho conjunto entre as instituições para dialogar e estruturar políticas coordenadas e, por fim, comentou do suporte para ajudar os refugiados na documentação. O cônsul honorário, Jorge Rybka, agradeceu o auxílio recebido pelos brasileiros e também destacou a doação de medicamentos feita pelo Estado, mas que enfrenta um problema de logística para chegar aos necessitados. Rybka finalizou dizendo que ''não há a menor dúvida que todo o apoio que recebemos do Estado de São Paulo é efetivo'', concluiu. Refugiados Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), 3,86 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro de 2022. O conflito no país europeu já dura 34 dias e não tem previsão para terminar. No Brasil, quase 70 ucranianos estão refugiados e a previsão é de receber mais 230 até dia 10 de abril. As informações são do pastor Elias Dantas, fundador de uma rede que agrupa inúmeras igrejas e pastores pelo mundo, a Global Kingdom Partnership Network (GKPN). As comunidades evangélicas desse grupo estão responsáveis pelo acolhimento dos ucranianos, que serão encaminhados para São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina.