Campanha de vacinação contra poliomielite: entenda os riscos de não vacinar crianças

Campanha feita em parceria do Governo do Estado de São Paulo com o Governo Federal foi prorrogada até 30 de outubro
24/10/2022 17:20 | Campanha | Manuela Dacca Gorham

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Campanha de vacinação contra poliomielite: entenda os riscos de não vacinar crianças <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2022/fg291060.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Após casos de poliomielite voltarem a ser registrados no Brasil, especialistas reforçaram o alerta à população sobre os riscos da doença. No dia 4 de agosto, o Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, lançou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação.

Até o momento, apenas 65% do público-alvo, crianças entre 1 e 4 anos, foi vacinado, chegando a 1.593.953 doses aplicadas. A campanha foi prorrogada até 30 de outubro para ampliar ainda mais a cobertura de crianças vacinadas.

Além dos imunizantes contra a poliomielite, estão disponíveis ainda as vacinas BCG, contra a tuberculose, contra as hepatites A e B, poliomielite e rotavírus. Também há a pentavalente - contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo hemófilo b - e doses contra caxumba, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e HPV.

Riscos da doença

A doença causada pelo poliovírus havia sido notificada no Brasil pela última vez em 1989. Então, 5 anos depois, em 1994, a OMS conferiu ao Brasil o título de erradicação do parasita.

Apesar de ter sido pouco lembrada por seu constante declínio, a pólio marcou o cenário do país entre 1950 e 1980 por suas sequelas em crianças que tiveram a doença: dores nas articulações, crescimento desigual das pernas e paralisia de músculos estão entre as principais consequências a longo prazo.

Mesmo tendo sido erradicada no Brasil, os casos recentes têm preocupado especialistas, principalmente pelo fato de o país estar assistindo a uma queda na cobertura vacinal em crianças nos últimos anos. A diminuição no número de crianças vacinadas se dá, justamente, por conta da desinformação, pois muitos pais acreditam não ser necessário imunizar seus filhos contra doenças já erradicadas.

Sintomas e vacinação

Até agora, a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e todas as crianças menores de cinco anos devem estar imunizadas, conforme previsto no esquema de vacinação de rotina.

Desde 2016, o planejamento vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável - VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente - VOP (gotinha).

De todo modo, é preciso que pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas, para que crianças possam receber tratamento adequado em caso de contaminação pela doença: febre, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves, instala-se a flacidez muscular, que afeta, em geral, um dos membros inferiores.

Para vacinar crianças, basta levá-las à UBS mais próxima, com a caderneta de vacinação.


alesp