Alesp recebe a exposição "Arpilleras: Bordando a Resistência"
16/03/2023 16:13 | Exposição Alesp | Gustavo Oreb -- Foto: Rodrigo Costa


A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe, até o dia 24 de março, a exposição "Arpilleras Bordando a Resistência". A mostra traz um conjunto de 18 telas de tecidos (arpilleras), peças únicas costuradas pelas mãos de dez mulheres atingidas por barragens no Brasil, sob a bandeira do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens). O acesso é gratuito e aberto ao público.
Nessa exposição, cada peça de arte apresenta um relato diferente sobre as experiências traumáticas vividas nos desastres, em diferentes localidades, de Norte a Sul do país. Além de reivindicações por melhores condições de vida após perderem suas casas para as barragens, ocorrem outras denúncias, como o alto valor das contas de água e energia elétrica, preconceitos sofridos pelas mulheres na sociedade brasileira e os impactos das enchentes.
Um trecho da carta às mulheres lutadoras, lançada pelas artistas junto da mostra e de um documentário de mesmo nome em 2017, diz o seguinte: "Nós, mulheres atingidas por barragens, queremos apresentar a todas vocês nossa história de dor, resistência e conquista. Porque mesmo diante de todas as violações cotidianas e negação dos nossos direitos, existe uma força que nos faz acreditar e lutar".
O que são as arpilleras?
A arpillera é uma técnica têxtil que possui raízes numa antiga tradição popular iniciada por um grupo de bordadeiras de Isla Negra, localizada no litoral chileno. A conhecida folclorista Violeta Parra ajudou a difundir este trabalho artesanal em 1964, quando realizou uma exposição no Pavilhão Marsan do Museu de Artes Decorativas do Palácio do Louvre. Em uma entrevista, Violeta disse: "as arpilleras são como canções que se pintam".
A técnica consiste em costurar retalhos de tecidos rústicos, provenientes de sacos de farinha ou batata, geralmente fabricados em cânhamo ou linho-grosso. Toda a arte é feita à mão, utilizando agulhas e fios.
Graças às arpilleras, muitas mulheres chilenas puderam denunciar e enfrentar a ditadura de Augusto Pinochet, desde fins de 1973 até 1990. Elas mostravam o que realmente estava acontecendo em suas vidas, constituindo expressões da tenacidade e da força com que elas levavam adiante a luta pela verdade e pela justiça.
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