Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo lamentaram, mais uma vez, na sessão ordinária desta terça-feira (24), o ataque à Escola Estadual de Sapopemba, da Zona Leste da Capital paulista, no qual uma estudante foi morta a tiros. Os deputados ainda discutiram acerca das políticas públicas de acesso às armas de fogo e sobre a proposta de redução de investimentos mínimos na Educação.

De segunda a sexta-feira, acontecem as sessões ordinárias na Alesp. A partir das 14h, ocorrem o Pequeno e o Grande Expedientes, nos quais os parlamentares têm, respectivamente, 5 e 10 minutos para falar sobre temas de livre escolha.

Ataques a Escolas

A pauta que ditou o diálogo entre os parlamentares da Alesp surgiu em decorrência da morte de uma jovem de 16 anos, estudante da Escola Estadual de Sapopemba. A deputada Marina Helou (Rede) lamentou o ocorrido e argumentou contra políticas armamentistas, além de apoiar a inserção de mais psicólogos nas escolas públicas. As ideias de Marina foram apoiadas por Eduardo Suplicy (PT), Guilherme Cortez (Psol) e Simão Pedro (PT).

"A gente luta e segue lutando por psicólogos disponíveis em todas as escolas. Esse é um veto que essa casa precisa derrubar, do Governo do Tarcísio. Porém, não é isso sozinho que vai tornar as escolas mais seguras. Para que a gente realmente avance nessa direção, a gente precisa de um conjunto de ações, um conjunto de compromissos para fortalecer as comunidades na prevenção da violência", comentou Marina Helou ao desenvolver sua fala em defesa ao PL que autorizava a contratação de psicólogos para escolas da rede estadual de ensino, vetado por Tarcísio.

Segurança pública

Major Meca (PL) parabenizou o Centro de Operações Especiais (COE) pela ação contra um dos assassinos do policial aposentado Sargento Antunes, morto em setembro por quatro criminosos em sua casa. Este acontecimento levantou a pauta de Segurança Pública, de modo a levar os deputados Paulo Mansur (PL), Capitão Telhada (PP) e Conte Lopes (PL) a discursarem em apoio à inserção de policiais em instituições de ensino e contra a câmera nos uniformes da PM.

"Eu entrei com um projeto de lei para ter um policial em cada escola do estado de São Paulo, [...] O policial tem essa visão, que ele poderia identificar que esse aluno que assassinou uma e feriu duas crianças entrou diferente no colégio", apontou Paulo Mansur, que ainda defendeu o porte de armas como medida de segurança preventiva contra criminosos, tanto em áreas residenciais quanto em instituições de ensino.

Outros temas

Durante o expediente, o deputado Reis (PT) criticou o Governo Estadual alegando o não cumprimento de acordos e defendeu a obstrução de projetos como resposta.

Já Vitão do Cachorrão (Republicanos) pediu por medidas na área da Saúde, em relação ao SUS, e uma mobilização para cirurgias de hérnia.

Ainda sobre Saúde, Tomé Abduch (Republicanos) fez uma apresentação sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista), introduzindo seu projeto de lei que prevê mudanças a fim de diagnosticar o autismo em crianças precocemente e tratar o público infantil com TEA.