Em audiência pública na Alesp, parlamentares e associações discutem privatizações em São Paulo

Evento foi promovido pelo gabinete da deputada Paula da Bancada Feminista; parlamentares criticaram ações do Governo Estadual
20/02/2024 18:26 | Debate | Da Redação - Foto: Rodrigo Costa

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Audiência debateu privatizações do Governo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg319239.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Trabalhadores exigiram direito à greve<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg319240.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Guilherme Cortez se opôs às privatizações <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg319241.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eduardo Suplicy pediu participação popular<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg319259.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Associações estaduais participaram do debate<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg319260.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Parlamentares e trabalhadores de empresas públicas do Estado contrários à privatização de serviços públicos se reuniram em uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para debater ações promovidas pelo Governo Estadual.

O cerne da discussão, organizada pelo gabinete da deputada Paula da Bancada Feminista (Psol), foi o processo de privatização de empresas como Sabesp, Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), por parte do Governo Estadual, e o direito à greve dos trabalhadores estaduais.

"Essa audiência pública é uma primeira iniciativa desse ano para a gente voltar a se articular, discutir ações, ouvir a população e fazer a resistência a esse projeto de privatização", disse o deputado Guilherme Cortez (Psol).

O público presente, composto por parlamentares e representantes de diferentes setores sociais, expressou as dificuldades e o descontentamento com o processo de privatização de empresas encabeçado pelo Governo do Estado.

"Viemos debater o prejuízo que isso vai trazer para o Estado de São Paulo. A iniciativa privada vem para ter lucro e isso, como no caso do saneamento, traz riscos até mesmo para a saúde da população", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sintaema), José Antonio Faggian.

Um dos parlamentares que compuseram a mesa do evento, o deputado Eduardo Suplicy (PT) defendeu a participação popular no processo de privatização. "A forma mais democrática que ele [Governo] teria para estar realizando algo de acordo com a população é chamar um plebiscito", afirmou o deputado.

Direito à greve

Durante a reunião pública, os trabalhadores presentes também apresentaram denúncias sobre sanções que alegam sofrer por parte do Executivo estadual, como o cerceamento ao direito de greve.

Presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa defendeu o direito de mobilização. "Os trabalhadores fizeram mobilizações muito importantes no final do ano passado e estão sendo perseguidos pelo Governo do Estado, seja através de demissões ou através de advertências, que julgamos que são inconstitucionais".

Um dos convidados do debate foi o jurista e professor de Direito do Trabalho da USP, Jorge Luiz Solto Maior que, em sua fala, reforçou a manifestação pelo direito à greve. "É um momento triste para a classe trabalhadora, onde temos que lembrar que a greve é um direito fundamental", disse Maior. "Não há dúvida que se os trabalhadores querem exercer a greve, que é o meio legítimo de manifestação, legitimamente poderão manifestar sua opção", completou.

alesp