Criada há 52 anos, a Feira de Artes e Artesanato de Embu das Artes passou a ser considerada patrimônio cultural imaterial do Estado de São Paulo. A declaração, aprovada pelos deputados paulistas em fevereiro, foi sancionada pelo governador João Doria na última terça-feira (9/3). Localizada a 30 km da capital paulista, a feira costuma atrair, principalmente aos finais de semana, milhares de pessoas que buscam por passeios que envolvam arte e natureza. Por meio da exposição, os visitantes têm contato com o movimento artístico da região e podem apreciar também a culinária tradicional da cidade. Diante do crescimento do munícipio de Embu das Artes e, em consequência do aumento do número de visitantes que passavam pela Feira de Artes e Artesanato, os artistas e comerciantes do local criaram, em 2018, a Associação dos Expositores da Feira de Embu das Artes como forma de aumentar a representação e coordenar suas ações. Para o deputado Maurici (PT), um dos coautores da Lei 17.333/2021, ao lado da deputada Leci Brandão (PCdoB), a concessão desse título ao local era um desejo dos moradores e comerciantes de Embu das Artes. "Transformar a feira em patrimônio cultural imaterial do Estado era um pedido antigo das lideranças culturais da cidade, uma homenagem aos artistas e um incentivo à produção popular", afirmou Maurici. A declaração de patrimônio cultural imaterial é definida por uma convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e abrange expressões culturais e tradições de determinados povos e comunidades. A ideia é preservar os saberes, modos de fazer, expressões, celebrações, costumes e lendas para as próximas gerações.