O Fórum Penitenciário Permanente, formado pelos três sindicatos que representam os servidores da Secretaria de Administração Penitenciária (Sifuspesp, Sindasp e Sindicop), levou centenas de trabalhadores à Alesp, na terça-feira (17/9), para demonstrar a união da categoria contra o processo de privatização dos presídios. Eles entendem que suas reivindicações históricas "valorização salarial, reconhecimento de suas funções como inerentes à Segurança Pública e criação da Polícia Penal", apesar de urgentes, podem perder o sentido em alguns anos, caso o modelo de PPP se estenda a todo sistema. Carlos Giannazi, contextualizou a iniciativa de Doria como uma continuidade das gestões do PSDB, que desde 1995, com Mário Covas, iniciou o desmonte do Estado e os ataques sistemáticos ao funcionalismo. "É uma política de ódio ao servidor público." Os manifestantes distribuíram uma carta aberta aos parlamentares com suas reivindicações, que incluem a chamada dos remanescentes dos últimos concursos. "O déficit de pessoal e a superlotação são uma ameaça à segurança de todos", afirmou Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp. Para ser ouvida, a categoria vai iniciar a Operação Legalidade, que consiste na recusa ao desvio de função. Conforme Gilson Pimentel, do Sindicop, a intensidade do movimento será ainda maior se a SAP ficar de fora do reajuste das carreiras policiais prometido para outubro.