Escola com refeitório interditado é escolhida para ensino de tempo integral

As matérias da seção Atividade Parlamentar são de inteira responsabilidade dos parlamentares e de suas assessorias de imprensa. São devidamente assinadas e não refletem, necessariamente, a opinião institucional da Assembleia Legislativa de São Paulo.
26/11/2020 18:17 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

Compartilhar:

Escola Estadual Dr. Alarico Silveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2020/fg258375.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Há mais de um ano, o prédio da EE Dr. Alarico Silveira, na região da Barra Funda, vem apresentando rachaduras que sugerem comprometimento de sua estrutura, o que prontamente foi relatado pela direção da escola à Diretoria de Ensino Centro e à Secretaria da Educação. Quando finalmente a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) realizou uma vistoria, no mês de junho, foi constatada a inadequação de vários espaços, que foram interditados. Entre eles o pátio, a cozinha, o refeitório e duas salas de aula. "Nós já estamos no final de novembro. O ano letivo logo começará e até agora nada foi feito", afirmou Carlos Giannazi (PSOL), que levou o tema à tribuna da Alesp em 23/11.

Essa seria apenas mais uma entre as centenas de escolas estaduais que necessitam de reformas urgentes. Mas o deputado chamou a atenção para o fato de que a Alarico Silveira foi uma das escolas escolhidas para integrar o Programa Ensino Integral (PEI). "A escola está praticamente desabando, mas mesmo assim vai fazer parte da grande vitrine que Doria está preparando para a próxima campanha eleitoral."

Giannazi é crítico do PEI não por ser contra o ensino integral, mas pela forma como está sendo implantado, sem o investimento necessário. Em vez de criar novas escolas, com instalações que comportem as atividades a serem desenvolvidas durante todo o dia, a Secretaria da Educação apenas transfere dois terços dos alunos para outras escolas, abrindo um espaço improvisado para aqueles que permanecerão. "Esse é o marketing mentiroso de Doria. Uma escola sem a mínima infraestrutura terá sua imagem vendida como se fosse um exemplo de qualidade de ensino."


alesp