A Frente Parlamentar em Prol do Agronegócio reuniu pesquisadores, produtores e representantes do Ministério da Agricultura para debater a integração da lavoura, da floresta e da pecuária. Os desafios, de acordo com os palestrantes, passam pela redução na quantidade de agrotóxicos para diminuir o processo erosivo do solo e a emissão dos gases. O seminário foi realizado na Assembleia Legislativa, no último dia 5/7. Um dos principais pontos analisados foi a redução da emissão de gás carbônico de 10 para 8 milhões de toneladas. Para isso o Ministério da Agricultura quer atingir 9 milhões de hectares de florestas em São Paulo até 2021. O pesquisador Ubaldino Dantas, do Centro Nacional de Inovação Pesquisa e Extensão Rural em Agronegócio, falou que o plantio de árvores pode ser lucrativo. "Não vamos plantar florestas para não serem utilizadas, vamos plantá-las para ter uma atividade econômica. Estamos fazendo uma pesquisa para plantar 20 espécies arbóreas do cerrado que podem ser plantas medicinais, aromáticas e condimentares para dar retorno mais rápido ao produtor rural que não pode esperar 7 anos para começar a ter retorno", explicou. Augusto Luis Billi, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comentou a diminuição da emissão de CO2. "O plantio de florestas vem para combater o gás e evitar as mudanças climáticas. Só o Brasil é capaz de chegar nos fóruns mundiais e dizer que há um plano estabelecido, onde se fomenta práticas sustentáveis na agricultura. O país tem feito a sua parte com relação a produzir uma agricultura mais sustentável, preservando água, solo e o meio ambiente", disse. Para o deputado Adilson Rossi (PSB), que organizou o evento, a crise econômica vivida no Brasil só não foi pior por conta do agronegócio. "Ele foi essencial para o país não ir à falência definitivamente. Hoje, o Brasil é campeão na pecuária e às vezes se utiliza de espaços físicos que poderiam ser usados também para a lavoura e as florestas. Seria tudo integrado. Aí você resolve o problema do carbono e utiliza mais a terra, ou seja, explora mais o espaço que se tem", disse.