VIOLÊNCIA NO INTERIOR E NO LITORAL - OPINIÃO

Afanasio Jazadji*
28/06/2001 17:00

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Já faz algum tempo que tenho alertado sobre o incrível crescimento da violência e da criminalidade em municípios do interior e do litoral do Estado de São Paulo. Nos últimos dias, entretanto, alguns jornais publicaram números impressionantes, que comprovam o que já havia comentado: não existem mais cidades tranqüilas.

Vejam bem: em 1996, o risco de um morador da Grande São Paulo ser morto de forma violenta era 57% maior que o de um habitante do Litoral e 255% acima do perigo enfrentado por um do Interior. Já no ano passado, essa situação havia mudado bastante: o risco de um morador da Grande São Paulo passou a ser apenas 26% maior do que o de um do Litoral e 222% a mais em relação à população do Interior.

Esses números são o resultado do cruzamento de informações de dois importantes órgãos dos governos: o IBGE, que é federal, e a Fundação Seade, que é estadual. Entre as cidades mais violentas de nosso Estado, guardando-se a proporção entre população e número de homicídios, Diadema aparece em primeiro lugar, seguida de mais dois municípios da Grande São Paulo: Embu e Itapecerica da Serra. O quarto lugar pertence a uma cidade do Litoral: Praia Grande. A capital de São Paulo aparece apenas em décimo lugar, na proporção entre homicídios e número de habitantes.

Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, a situação mais calma é a de Jaú, que registrou, em 2000, apenas quatro homicídios. Esse panorama indica a necessidade de trabalho a curto e a médio prazo.

Afanasio Jazadji é advogado, jornalista, radialista, e deputado estadual pelo PFL.

alesp