Salesópolis e a nascente do rio Tietê


05/07/2010 17:44

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Nascente do Rio Tietê <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2010/nascenteriotietesalesopolis.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Matriz de Salesópolis <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2010/matrizdesalesopolis.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Localizada na sub-região leste da Grande São Paulo e a 96 km da capital, com população de 16 mil habitantes (estimativa do IBGE em 2005), Salesópolis tem um território de 427 km² e um perímetro urbano de somente 10 km², o que representa uma área urbana equivalente a cerca de 2% de sua área total.

As populações rural e urbana são praticamente equivalentes. Abrigando a nascente do rio Tietê, a cidade está em uma região serrana da qual 98% de seu território está inserido na Lei de Proteção dos Mananciais (Lei Estadual 898/1975), que disciplina o uso do solo para proteção das nascentes, cursos e reservatórios de água e demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo. Uma das proibições da lei é a instalação de indústrias poluentes na área de proteção.

Por localizar-se na serra do Mar, a bacia do rio Tietê desperta nos governos estadual e federal o interesse em sua preservação, principalmente pela sua importância em garantir água potável para a população da Região Metropolitana da Grande São Paulo.

Fundado em 1857, o município adotou o nome de Salesópolis como homenagem ao presidente da República Manoel Ferraz de Campos Sales. Sua em estância turística, através da Lei Estadual 10.769/2001, trouxe aos munícipes perspectivas de crescimento e melhoria na qualidade de vida. O ecoturismo e o turismo rural são fontes de geração de recursos para o seu desenvolvimento organizado, voltados à preservação do meio ambiente e principalmente à educação ambiental, matéria de suma importância nos dias atuais.

Outra atividade econômica da região é a silvicultura (cultura de eucalipto), que teve início no final dos anos 1960. A introdução do eucalipto é menos interessante ao município, pois as exigências das indústrias aumentaram em relação ao produto a ser adquirido, e o eucalipto local tem perdido para a concorrência por não atender aos padrões exigidos pelo mercado. Isto faz com que a madeira seja direcionada ao setor de construção civil de forma não regular, o que impossibilita que os impostos gerados pela atividade retornem ao município.



Interesse ambiental e turismo



O interesse ambiental e o turismo andam lado a lado na região através de áreas de proteção ambiental e de manciais e por parques. Salesópolis abriga a APA da Várzea do Rio Tietê, que protege a vegetação de áreas alagadiças e matas ciliares ao longo da calha de inundação do rio. Tem uma área de 7,4 mil hectares e é regulamentada pela Lei estadual 5.598/1987 e pelo Decreto estadual 42.837/1998.

O Parque Nascentes do Tietê, localizado no bairro da Pedra Rajada, apresenta uma área de 135 hectares, que é declarada de utilidade pública e destinada à implantação do Parque, apesar de ser de propriedade do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão vinculado ao governo do Estado de São Paulo. O parque foi criado pelo Decreto Estadual 29.181/1988.

A nascente do rio Tietê é o marco histórico do Estado de São Paulo e está localizada numa altitude de 1.027 metros, na Serra do Mar, em meio à mata nativa. O parque está localizado a 16km do centro, possui 99 mil m², recebe visitantes diariamente, tornando a nascente do rio Tietê a principal atração turística de Salesópolis. Desde 1990, a área é tombada por resolução da Secretaria de Estado da Cultura.

A vegetação do parque, classificada como floresta ombrófila densa, é constituída por árvores que ultrapassam, 25 metros, além de arbustos e plantas ornamentais. O visitante poderá observar o cedro, a guaça-tonga, a canela-amarela, além de orquídeas, como a chuva de ouro. A fauna inclui a jaguatirica, o cachorro-do-mato e aves como pitiguari, juruviara e saí-azul. Dentre os peixes presentes nas proximidades das nascentes, podem ser citados os lambaris, guarús e cascudos.

Construída em 1972 pelo DAEE, a barragem de Ponte Nova auxilia na contenção de enchentes e no controle da poluição do Rio Tietê através de um radar meteorológico que previne os episódios de chuva excessiva na Grande São Paulo. A barragem de Ponte Nova localiza-se na divisa entre os Municípios de Salesópolis e Biritiba Mirim e visitá-la é permitido somente com autorização do DAEE.

O parque do Pinheirinho, conhecido por Prainha, fica localizado a 7 km do município. Com área de cerca de 300 hectares, onde há florestas naturais e reflorestamentos de pinus araucária, pinus eliote e eucalíptos. Ao longo do pinheiral, formou-se uma praia artificial, que atrai frequentadores.

Outra atração de Salesópolis é a Senzala, construção de taipa de pilão e pau a pique do século 18 que serviu por muito tempo como ponto de repouso para os comerciantes que, vindos da capital e do Vale do Paraíba, dirigiam-se ao litoral. O caminho é conhecido como Rota do Sal. O local serviu também para compra e venda de escravos.

Uma tradição antiga da cidade é a primeira quinta-feira de mês, quando é realizada uma feira tradicional que remonta ao começo do século. Na zona rural este dia é considerado como santo, e na ocasião os fiéis dirigem-se até a cidade para participar da missa e procissão do Santíssimo e passear na feira, que abrange quatro quarteirões e recebe muitos visitantes de outras regiões.

Salesópolis limita-se ao sul com os municípios de Bertioga, São Sebastião e Caraguatatuba; a leste com Paraibuna, ao norte com Santa Branca e Guararema e a oeste com Biritiba Mirim.



Fonte www.salesopolis.sp.gov.br

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