A que ponto chegou a indústria das multas

OPINIÃO - Milton Vieira*
10/10/2003 16:30

Compartilhar:


Dia 9 de outubro o deputado Milton Vieira, externou sua revolta com a morte do comerciante Samuel Escobar Carrasco, assassinado na madrugada de terça-feira, 7/10, em plenário.

Milton Vieira insurgiu-se contra o que denominou de "indústria de multas" que chegou, à vista do crime praticado contra a vida de um cidadão de bem, ao insustentável absurdo. Não há justificativa para matar um ser humano. Muito menos diante de simples questionamento sobre a instalação de radar móvel naquela hora da madrugada, 00h30.

Como um pai de família não tem segurança, sequer durante o dia, para parar em semáforos, respeitar detectores de velocidade durante a madrugada? Essa situação só favorece as empresas que se locupletam com os valores cobrados a título de multas de trânsito. A reação daqueles que tomavam conta daquela máquina de registro fotográfico de velocidade foi desproporcional à atividade que desempenham.

O deputado destacou a existência da Lei nº 10.873, de 10 de setembro de 2001, de sua autoria, que "proíbe o repasse, a empresas privadas fornecedoras de produtos eletroeletrônicos de detecção de velocidade e de equipamentos fotográficos, de parte de receita auferida por órgãos públicos em razão de cobrança de multas". Essa lei foi aprovada pela Assembléia Legislativa em 2001 para coibir o abuso que naquele ano já se delineava, mas em 2003 é inaceitável.

Milton Vieira é deputado estadual pelo Partido Social Liberal - PSL

alesp