Opinião - Doar sangue é salvar vidas


17/05/2013 12:48 | Welson Gasparini*

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Lendo, como faço cotidianamente, os jornais ribeirão-pretanos do último dia 15/5 encontrei, em todos eles, uma questão preocupante: o estoque do Hemocentro de Ribeirão Preto está com apenas 3% da quantidade considerada ideal para atender a demanda mensal de seis hospitais públicos e particulares daquela cidade (Hospital das Clínicas-Campus e Unidade de Emergência, Santa Casa, Beneficência Portuguesa, Hospital Estadual e São Lucas).

A falta de sangue, eis um dado alarmante, começa a acarretar problemas mais graves conforme confirmação do próprio HC em nota oficial: o baixo estoque já provocou a remarcação de uma cirurgia eletiva.

Conforme declarou à imprensa, Andrea Cristina Tomas Granzioli, analista de comunicação do Hemocentro, atualmente o estoque é de apenas 120 bolsas de sangue, quando o ideal " para atender plenamente os hospitais de Ribeirão Preto " seria de, pelo menos, 3,6 mil bolsas. Diante da situação crítica, o Hemocentro está ligando para os doadores cadastrados pedindo-lhes uma doação adicional nesta hora.

Como só o hospital das Clínicas consome, em média, uma quantidade aproximada de duas mil bolsas de sangue por mês, há o risco de novas cirurgias serem canceladas: um transplante de fígado, por exemplo, necessita de 50 bolsas de sangue; já numa cirurgia de medula óssea há necessidade de 100 bolsas.

Todos os grupos sanguíneos apresentam quantidade muito abaixo do normal no estoque, mas, o tipo de situação mais crítica, é o "O" negativo, com apenas duas bolsas na manhã do último dia 14.

Para amenizar esse problema é fundamental uma conscientização sobre a importância do sangue como fator de vida; doar sangue, portanto, significa salvar vidas. Toda pessoa com boa saúde, na faixa etária entre 18 e 67 anos, está apta a doar sangue; o homem, acima de 50 quilos, pode doar a cada 60 dias e no máximo quatro vezes ao ano; já a mulher, acima de 51 quilos, pode doar a cada 90 dias e até três vezes ao ano.

Faço meu, assim, o apelo do Hemocentro à sensibilidade cidadã de cada homem e mulher que se enquadre no perfil de doadores: doe o seu sangue e ajude a salvar vidas. Hoje, o beneficiário desse gesto altruístico, pode ser um desconhecido; amanhã, poderá ser um familiar ou até o próprio doador de agora.

Nenhum de nós sabe o que o futuro nos reserva: se hoje podemos beneficiar alguém com a nossa doação, amanhã poderemos ser beneficiados por doação alheia!

Fazer o bem, além do mais, só pode nos fazer bem...



* Welson Gasparini e deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto

alesp