Audiência discute demissão de professores de universidades privadas


04/07/2018 11:54 | Audiência Pública | Léo Martins- Foto: Da assessoria do deputado Carlos Gianazzi

Compartilhar:

Carlos Giannazi  (ao centro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2018/fg225954.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Professores, alunos e represen­tantes sindicais estiveram no plenário José Bonifácio, na última terça-feira (3/7), para uma audiência pública sobre demissões de professores do ensino superior nas universidades privadas do Estado. "São grupos internacionais que nem estão no Brasil, mas são os responsáveis pela precarização da nossa educação", disse o deputado Carlos Giannazi (PSOL).

As instituições mais afetadas pelas demissões em massa foram a Universidade Anhembi Morumbi (UAM), as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), o Centro Universitário FIAM-FAAM e a Faculdade das Américas (FAM).

"Os alunos assinam um contrato para ter determinado número de aulas por período, e isso está sendo diminuído com a desculpa de que parte do curso está sendo feito à distância. Realmente é à distância dos livros, do ensino e da escola", disse o presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo e diretor do Sindicato dos Professores (Simpro), Celso Napolitano.

Segundo o Simpro, no mês passado, a Anhembi Morumbi demitiu 90 docentes. Dentre eles uma professora que não se identificou por ainda não ter realizado a homologação com a instituição. "Essas demissões estão acontecendo desde 2012, e em larga escala a cada semestre. Não há fiscalização e supervisão do poder público sob esses grupos econômicos, a educação virou algo pior do que mercadoria, virou investimento", disse Giannazi.

O estudante Guilherme Bianco, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, disse que uma indústria do diploma foi criada. "Nós não queremos formatura, mas sim formação. Queremos manifestações dos órgãos que nos representam e estão quebrando os contratos e aumentando mensalidades mais do que a inflação, isso afeta a qualidade de ensino", disse.

O presidente da Federação dos Professores do Estado Celso Napolitano ainda declarou que outras audiências públicas já haviam sido feitas na Alesp. "Já encaminhamos outras informações para o Ministério Público e do Trabalho, mas não tivemos respostas."


alesp