Reunidos em audiência pública na Alesp, em 18/2, trabalhadores do Metrô refutaram o projeto de privatização anunciado pelo governador João Doria, uma vez que as experiências com a Linha 4-Amarela e a Linha 6-Laranja, mostraram-se alternativas caras e ineficientes. Os metroviários repudiaram a versão de que o acidente ocorrido no dia 29/1 na Linha 15-Prata (monotrilho da zona leste) teria sido causado por erro humano. Eles afirmam que a falha é do sistema CBTC (Communications-Based Train Control), implantado pela multinacional Bombardier, que permitiu que a composição ficasse "invisível", ocasionando a colisão. Conforme explicou o sindicalista Wagner Fajardo, acidentes não são causados por um único motivo, já que todas as rotinas preveem redundâncias para detectar erros. Em consonância com as associações de moradores presentes à reunião, os metroviários reiteraram sua suspeita acerca da lisura do contrato com a empresa canadense, já que desde o início a opção pelo monotrilho mostrava-se equivocada, dada a sua reduzida capacidade de passageiros. Além disso, o governo utilizou-se de uma licitação antiga, de 1992, que foi contestada pelo TCE. "Os dois argumentos que embasaram a escolha do monotrilho eram o custo reduzido e a rapidez de construção. Mas a obra está sendo feita a preço de metrô subterrâneo e já se arrasta há oito anos", afirmou o deputado Carlos Giannazi.