O deputado Carlos Giannazi fez um apelo público pela tribuna da Alesp, na segunda-feira (25/2), para que a Secretaria Estadual da Educação (SEE) conceda o adicional de local de exercício (ALE) aos educadores da EE Profa. Luciana Damas Bezerra, de Caçapava. A reivindicação foi apresentada pela comitiva de professores no sábado, quando o deputado participou de um debate sobre a conjuntura política e educacional em Taubaté, a cuja diretoria de ensino a escola de Caçapava está subordinada. O líder do PSOL explicou que o ALE foi instituído por lei e regulamentado em 2018, vinculando a concessão do benefício a índices objetivos de pobreza e vulnerabilidade social da área onde a unidade funciona. "Apesar disso, a SEE não respeita a legislação e exclui várias escolas. Chegamos ao absurdo de haver escolas vizinhas, uma recebendo e a outra não." A escola em questão funciona em um bairro violento, formado por mil unidades da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Dos 545 alunos matriculados, 60% têm como renda familiar o Bolsa Família. "Essas moradias foram construídas em lugares isolados, sem comércio e infraestrutura, e tudo isso aumenta a criminalidade e a exclusão social. É um absurdo não reconhecer o direito desses funcionários que trabalham expostos a essa situação."