O deputado Carlos Giannazi fez uso da tribuna da Alesp, em 20/3, para repudiar duas propostas do Ministério da Educação (MEC). A primeira, inclusa na minuta da nova Política Nacional de Alfabetização, determina que o método fônico seja adotado em todas as redes estaduais e municipais. "O ministro afronta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a Constituição Federal, que garantem a autonomia dos sistemas de ensino", acusou Giannazi " ressaltando que a adesão à diretriz federal condiciona os repasses de verbas. "Esse método é considerado superado nos meios acadêmicos desde o final da década de 1990, porque é calcado apenas na memorização, desprezando o contexto e a compreensão de leitura", afirmou o parlamentar, que é mestre em educação pela USP, professor da rede estadual e diretor de escola (licenciado) da rede municipal. O outro anúncio do MEC foi sobre uma operação pente-fino nas provas do Enem. "Esse governo chegou com o discurso do Escola sem Partido, dizendo ser contra a doutrinação. Mas agora caiu a máscara. São eles que querem impor um controle ideológico, um patrulhamento sobre o conteúdo das questões." Para Giannazi, Ricardo Vélez não foi capaz de apresentar nenhuma proposta para a educação além de fazer com que as crianças cantem o hino nacional.