A deputada Márcia Lia, líder da Minoria na Alesp, é coautora de denúncia protocolada no Conselho de Ética contra o deputado Douglas Garcia, do PSL, por apologia à tortura e à violação dos direitos humanos durante exibição de um filme sobre a ditadura registrada no Parlamento paulista em 8/4. O documento foi protocolado em 17/4 e traz as assinaturas de toda a bancada do Partido dos Trabalhadores, da bancada do PSOL e do PCdoB. A exibição do filme "1964, o Brasil entre armas e livros" foi seguida de mesa de debates com personalidades que defendem a ditadura militar como regime que "libertou o Brasil do comunismo e dos comunistas". O evento, do qual também participou o deputado Castello Branco, do PSL, além de Douglas Garcia, acabou se transformando em desagravo e homenagem à memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do Destacamento de Operações de Informações (DOI), do 2º Exército, e do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do antigo Departamento de Ordem Política e Social da Polícia Civil de São Paulo, o Dops, durante a ditadura militar. Uma das falas em apologia à tortura partiu de Cabo Anselmo, o mais famoso agente infiltrado da ditadura. Ele disse que "gostaria que houvesse um choque para tratar com firmeza" o domínio da esquerda nas universidades. Na sequência, Paulo Fleury disse ao microfone: "Ustra vive! Fleury vive!".