No bairro Vila Dutra, em Bauru, as aulas na EE Profª Raymi Oliveira Baptista Pereira já teriam parado se professores e direção não tivessem tomado para si diversas responsabilidades que extrapolam suas atribuições, como distribuir a merenda e cuidar da disciplina no pátio. Isso porque a unidade não tem um único agente de organização escolar para cuidar dessas funções.

A situação foi denunciada na sexta-feira (31/5) por Carlos Giannazi, quando fez uso da tribuna da Assembleia Legislativa. "Além de professores e gestores, tem de haver uma infraestrutura humana que cuide da merenda, da limpeza e da vigilância. Sem servidores do quadro de apoio escolar as escolas não funcionam", alertou.

Esta não é a única escola sem nenhum agente de organização. Alguns dias antes, o líder do PSOL já havia divulgado situação semelhante na EE Érico de Abreu Sodré, no bairro da Saúde, na capital.

"Entre as mais de cinco mil escolas de São Paulo, é praticamente impossível encontrar alguma que esteja com o módulo completo. E mesmo havendo 1.400 agentes de organização escolar aprovados no concurso de 2018, o estado não os chama para tomar posse. Isso é mais uma demonstração de que a educação não é prioridade neste governo."