O debate sobre o Projeto de Lei 129/2019, de Carlos Giannazi (PSOL), que reserva vagas de emprego para o coletivo trans nas empresas beneficiárias de incentivos fiscais, foi realizado na terça-feira (5/6), na Alesp. Apesar da onda de conservadorismo no país, do preconceito e violência que persistem, a comunidade LGBT não se deixa abater em sua luta. O evento contou com a participação de duas mulheres trans que fazem parte do dia a dia do Parlamento, ambas vinculadas ao PSOL: a deputada Erica Malunguino, e a codeputada da Bancada Ativista Erika Hilton. E havia entre os presentes outros profissionais, como a astrofísica Vivian Miranda, que participa de projeto da Nasa, e a educadora Paula Beatriz, primeira diretora trans da rede de ensino. Conforme Paula destacou, a reserva de vagas não substitui a capacitação, caso contrário as vagas disponíveis serão para "varrer o chão e servir cafezinho". Por isso ela reafirma o dever da escola de garantir um ambiente inclusivo. Maite Schneider, fundadora do projeto Transempregos, acrescentou que outros preconceitos dificultam a contratação de pessoas trans negras e com deficiência. A discussão convocada por Giannazi teve o objetivo de transferir à comunidade LGBT o protagonismo do processo. Os aprimoramentos apresentados serão incorporados ao projeto por meio de emendas durante sua tramitação.