Carlos Giannazi vai pedir ao Ministério Público estadual o apensamento de mais material à representação já proposta pelos servidores contra a privatização do Jardim Botânico, do Zoológico e do Zoo Safári. O material vai incluir o texto final da lei, já com a sanção do Executivo, e a transcrição das três audiências públicas realizadas na Alesp. "São embasamentos importantes, jurídicos, sociais e ambientais, que podem municiar a Promotoria do Meio Ambiente. Nosso objetivo é convencer o MP a ingressar com uma Adin no Tribunal de Justiça", explicou. O deputado ainda pretende agendar uma reunião com o promotor responsável e uma comissão de servidores e de moradores do bairro. "Também podemos pedir que ele organize uma grande audiência pública no MP, abrindo o debate entre a sociedade e representantes do governo. Nós já participamos de vários eventos desse tipo", explicou Giannazi. A Adin não é o único recurso jurídico aplicável contra as privatizações. Caso a lei prospere, os próximos diplomas a serem contestados pelos opositores serão os próprios editais de concessão. Conforme Luiz Barreto, pesquisador do Instituto de Botânica, a principal incompatibilidade do modelo se refere à falta de garantias de que as pesquisas serão isentas, guiadas ao atendimento de demandas sociais.