Carlos Giannazi protocolou na Comissão de Educação da Alesp, na segunda-feira (25/6), requerimento de convocação de Paulo Skaf, presidente da Fiesp. O empresário deverá explicar o posicionamento da instituição em relação às demissões ocorridas na unidade 441 do Sesi, em Taubaté, que tiveram evidente caráter de retaliação à participação de oito docentes na greve geral do dia 14/6.

"Os professores participaram da greve na sexta-feira, mas eles haviam comunicado previamente a direção da escola e foram substituídos, de forma que os alunos não tiveram nenhum prejuízo. Na segunda-feira seguinte (17/6), voltaram a lecionar, mas foram retirados das salas de aula e sumariamente demitidos. Foi uma humilhação sem precedentes e um ataque aos direitos de greve."

A convocação de Skaf é uma tentativa de reverter as demissões, já que transfere o ônus político ao peemedebista. A postura do Sesi 441 foi firmemente rechaçada pela comunidade escolar, especialmente pelos alunos e seus pais. "Eles não só reconhecem a greve como um direito legítimo como se utilizaram do instrumento para reivindicar a volta dos docentes", afirmou Giannazi, ressaltando que uma das professoras demitidas atuava há 18 anos na instituição.

O líder do PSOL na Alesp também está buscando a atuação do Ministério Público do Trabalho, já que está configurada violação a direitos e garantias constitucionais.