Representação no MP contra o monitoramento de professores


08/08/2019 08:31 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi (à esq.)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg237616.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carlos Giannazi protocolou no Ministério Público estadual uma representação contra a medida da Secretaria da Educação que obriga os coordenadores pedagógicos das escolas estaduais a monitorar professores em sala de aula. A orientação inclui o preenchimento de uma ficha de controle onde deverá ser atribuída uma nota ao docente, além de registros como o tempo gasto para a discussão de cada conteúdo.

"Está sendo implementada nas escolas uma lógica empresarial que nada tem a ver com educação e serve apenas para intimidar e vigiar os professores. É um ataque à liberdade de cátedra, que é garantida pela LDB e pela Constituição Federal", explicou o parlamentar, para quem a iniciativa tem objetivo de criminalizar os professores, atribuindo a eles a culpa pela crise da educação pública. "O governo deveria, sim, avaliar sua própria política de desmonte, que fecha escolas, salas e turnos e que mantém unidades degradadas e sem o número adequado de funcionários. Uma política que não valoriza os professores e que não cumpre direitos como a data-base salarial e o piso nacional do magistério."

Giannazi, que é professor da rede estadual desde 1984 e da rede municipal desde 1985, assegura que esse tipo de vigilância dentro da sala de aula nunca foi exercido no país, nem mesmo na época da ditadura militar. "Nós exigimos que o Ministério Público entre com medidas para proibir esse tipo de intimidação ao livre exercício do trabalho pedagógico."


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