Aplicativo transfere a diretores de escola culpa pelo subfinanciamento da educação


30/09/2019 07:50 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi (ao centro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240642.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carlos Giannazi ingressou com representação junto ao Ministério Público contra o aplicativo "Olho na Escola", que será lançado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para ampliar o controle social sobre a rede pública de ensino. Aparentemente, a iniciativa é louvável, pois dá mais voz aos pais, alunos, professores e funcionários, os principais interessados em melhorar a qualidade do ensino. Mas, uma análise um pouco mais aprofundada mostra grave inadequação do sistema, que destina todas as demandas aos diretores de escola, mesmo as que estão além de suas responsabilidades.

"Mais de 90% dos problemas das escolas têm a ver com a falta de investimento", explicou o parlamentar, prevendo uma enxurrada de questionamentos mais do que justos, porém feitos às pessoas erradas: Por que a escola do meu filho é de lata? Por que os banheiros não têm papel higiênico? Por que falta merenda? "Essas perguntas deveriam ser enviadas à Secretaria da Educação, à FDE (fundação responsável pela manutenção dos prédios) e ao governador Doria."

Para Giannazi, o TCE sabe qual é a causa da crise da educação e, com esse aplicativo, vai demonizar os gestores, transferindo a eles a responsabilidade pelas consequências do subfinanciamento. "O diretor está sobrecarregado com burocracia, questão pedagógica e relacionamento com a comunidade. Não há tempo para mais essa demanda."


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